A empresa The New York Times Co., responsável pelo jornal de mesmo nome, nomeou ontem Mark Thompson, que comandava a BBC, como seu novo diretor executivo, destacando o desempenho do executivo na expansão online da radiodifusora britânica. Em comunicado, o presidente do conselho da Times Co., Art Sulzberger Jr., apontou Thompson, de 55 anos, como um “executivo talentoso”, que consegue gerar receita com novos tipos de produtos. O comunicado citou o conteúdo multimídia oferecido pela BBC durante a Olimpíada de Londres.
Thompson vai substituir Janet Robinson, que deixou o posto em dezembro. Ele vai mudar da Inglaterra para Nova York e assumir o cargo em novembro. O executivo também fará parte do conselho de administração da empresa.
Sulzberger afirmou que Thompson é o candidato ideal para liderar a companhia “num momento em que estamos altamente focados em crescer por meio de expansão digital e global”. A Times Co., que tem enfrentado declínio de receita publicitária de sua edição impressa, tenta ampliar a receita de seus produtos digitais.
No ano passado, a empresa começou a cobrar pelo acesso online aos jornais The New York Times, International Herald Tribune e The Boston Globe. No trimestre, a empresa tinha 532 mil assinantes digitais, que ajudaram a empresa a elevar o faturamento em quase 1% no período, para US$ 515 milhões.
Ao mesmo tempo, a Times Co. tem se desfeito de operações com problemas, mesmo digitais. Na semana passada, anunciou a venda do serviço de informações About.com por US$ 270 milhões, depois de vários trimestres de faturamento em desaceleração.
O anúncio do novo CEO segue a inclusão, em junho, de dois pesos pesados da tecnologia ao seu conselho: Joichi Ito, um dos primeiros investidores do Twitter e diretor do Media Lab, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), e Brian McAndrews, capitalista de risco especializado em investimentos em empresas de tecnologia.
Thompson comandou a BBC como diretor-geral por oito anos. No ano passado, a BBC anunciou um plano de cortar 2 mil empregos, para reduzir os gastos em 20%. (AP)