Desde que assumiu o comando da Twitter Inc.,em 2010, Dick Costolo vem conduzindo a empresa em meio a frequentes falhas no serviço, baixas vendas de anúncios, mudanças de executivos e a posicionou como próxima candidata do Vale do Silício a estrear nas bolsas.
A Twitter, uma plataforma de microblogs de sete anos de idade onde mais de 200 milhões de usuários por mês trocam mensagens de 140 caracteres conhecidas como tweets, deve levar sua abertura de capital adiante em cerca de um ano, disseram pessoas a par das discussões. Mas o diretor-presidente, de 49 anos, diz que essa oferta pública inicial ainda não está definida.
A empresa autorizou recentemente a gestora de fundos BlackRock Inc. a comprar cerca de US$ 80 milhões em ações de ex-funcionários, transação que levou o valor da empresa para US$ 9 bilhões – um nível alto para uma companhia que, segundo estimativa da eMarketer Inc., vai gerar US$ 545,2 milhões em receita com publicidade neste ano.
Escala humana
A Twitter, uma empresa de capital fechado, não revela seu faturamento ou lucro. Recentemente, ela anunciou a compra da Bluefin Labs, que analisa tweets sobre programas de TV.
Entrevistado recentemente na sede da empresa em San Francisco, Costolo, um ex-executivo da Google Inc., falou sobre sua visão para a empresa. Ele diz que uma estreia nas bolsas é desejável, mas não necessariamente inevitável e que hoje há muitas opções diferentes de financiamento. Para ele, a prioridade é expandir a base de usuários do Twitter. “O que queremos é ter escala humana, escala global. Isso seria 1 bilhão de usuários, não onde estamos hoje. Nós temos o tamanho que outras 99,9% das empresas gostariam de ter, mas acreditamos que o Twitter é importante para todo mundo no planeta”, disse.
***
[Shira Ovide, do Wall Street Journal]