A velocidade com que os assuntos devem ser tratados na mídia não permite que o fato seja refletido em profundidade. Acho que a imprensa ainda fica muito na superfície do fato. Quando teremos na TV aberta um programa que permita uma reflexão mais profunda e demorada sobre os fatos? O pior é que a própria internet acaba caindo nisso: fica na frase, na foto, no post, no lamento – e perde a oportunidade da reflexão coletiva que aprofunde o fato (Eliézer Oliveira, professor, Pelotas, RS)
Pequena imprensa
No último programa, vocês elogiaram a pequena imprensa. Mas não abordaram que nesta mesma imprensa os salários são vergonhosos e as condições de trabalho são péssimas. Basta dizer que em Niterói, cidade ao lado do Rio, o salário de um repórter é de R$ 1.300,00 e o de um editor-chefe é de R$ 2.000,00. Tentei telefonar para vocês, mas seus telefones não funcionaram. Já que vocês elogiaram a pequena imprensa, deveriam revelar que os profissionais que nela trabalham passam fome. Ou será que o Observatório da Imprensa é patronal e contra os jornalistas? (Webber Lopes, jornalista, Niterói, RJ)
Sobre o Avaaz
Será que este Observatório já olhou o “fenômeno” Avaaz? Tenho recebido e-mails de convite à assinatura de moções contra Renan Calheiros com muita insistência e ainda não vi uma única acusação, um único indício, que o impeça do exercício da presidência do Senado. No entanto, milhares de pessoas comparecem a abaixo-assinados contra Calheiros. Claro que as pessoas sabem de Calheiros pela imprensa. Será que essa imprensa é mesmo confiável? E será que o Avaaz não está extrapolando sua missão ao incitar linchamentos promovidos por uma imprensa desvinculada de sua própria missão? Avaaz e imprensa se unem para ganhar fama, poder e dinheiro… mas, repito, e se o Avaaz promover linchamento, ainda mais não sendo exatamente imprensa, pode ser responsabilizado pelas consequências desse incitamento? (Renato M. Lazzari, analista de sistemas, São Paulo, SP)
Elogios
Tenho gostado muito da linha de pensamento deste meio de comunicação. De fato, foi a única mídia que tive vontade de assinar, mas sendo um periódico eletrônico fiquei frustrado. Continuarei seguindo-os pelo Twitter. Continuem (André Takano, psicólogo, Taubaté, SP)