Assisto ao Observatório da Imprensa há vários anos, mas no programa sobre maioridade penal a mediação do Dines foi inteiramente parcial e claramente a favor do Ari Friedenbach, em sua justiça vingativa que em nada servirá para melhorar a situação dos adolescentes. Faltou ainda questionar por que a imprensa trata com total destaque crimes cometidos por menores envolvendo pessoas brancas, de classe média e universitários, o que mostra claramente que esses intocáveis não podem ser molestados pelos criminosos. Afinal de contas, a quem a imprensa serve ou é servil? (Daniel Souza, psicanalista, São Paulo, SP)
Imprensa libertina
Acompanhei o seu programa de inauguração e me lembro de estar feliz com um programa que contestasse a imprensa! Agora depois de longo tempo off-line, estou vendo o programa (do qual serei fã sempre), mas quero fazer uma pergunta: a censura não é necessária quando se trata de vandalismo em todos os níveis? Hoje, se eu quisesse ser bandido, iria assistir todos os jornais porque eles ensinam tudo em detalhes. Me diga se estou errada… (Ângela Goretti Carvalho, escultora, Belo Horizonte, MG)
Câmeras no jornalismo
Sou de um tempo em que flagrante cinematográfico era raro. Agora, assassinatos e torturas gravados por câmeras de segurança são apresentados nos telejornais. Acabei de ver, no programa do José Luiz Datena, um homem esfaqueando uma pessoa em sua cama numa tomada bem próxima, feita por uma webcam. E com tudo isso, os telejornais são censura livre. As mortes em ficção são as únicas que recebem indicação de idade. É possível alguém falar sobe isso? (Dino Moraes, publicitário, Rio de Janeiro, RJ)
Matéria tendenciosa
Me senti ofendido e discriminado em matéria publicada pelo jornal O Vale, de minha cidade, que publicou como manchete artigo tendencioso sobre indivíduos que possuem tatuagem. Acompanho o jornal diariamente e considero a matéria infeliz e no mínimo irresponsável. (Rafael Faria, estudante, São José dos Campos, SP)