Nesta quinta-feira (12/4), completa-se um mês que o correspondente da BBC Alan Johnston foi seqüestrado em Gaza. Em 12/3, o veterano jornalista foi arrancado de seu carro por quatro homens armados quando seguia para seu apartamento na Cidade de Gaza. Segundo membros das forças de segurança palestina, este é o mais longo seqüestro de um jornalista estrangeiro na região.
A BBC dedicou o dia à campanha pela libertação de Johnston. Em parceria inédita com a CNN, al-Jazira English e Sky News, a rede produziu um programa especial sobre o seqüestro do jornalista, com participação de repórteres em Londres, Ramala e Gaza. ‘Nós queríamos fazer um programa que tivesse impacto no Oriente Médio e em todo o mundo e estamos extremamente agradecidos por toda a cooperação de nossos colegas. Achamos que isso nunca aconteceu antes – mas todas as emissoras envolvidas compartilham o objetivo comum de divulgar o caso de Alan e lembrar aos telespectadores que os perigos enfrentados por suas equipes são maiores do que nunca’, declarou o chefe de notícias da BBC World, Richard Porter. A BBC criou também, no início de abril, uma petição online pela soltura de Johnston. O documento já conta com mais de oito mil assinaturas.
Preocupação crescente
O diretor-geral da BBC, Mark Thompson, tinha viagem marcada para o Oriente Médio para reuniões com autoridades do governo palestino e coletivas de imprensa. Segundo nota do Evening Standard [12/4/07], Thompson se encontrou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que teria lhe contado que recebeu informações da inteligência dando conta de que Johnston estaria ‘seguro e bem’. O presidente garantiu também que as autoridades palestinas estão se esforçando ao máximo para conseguir sua libertação.
Thompson declarou que, apesar do depoimento esperançoso de Abbas, ele e a família de Johnston estavam muito preocupados com a situação. Em uma coletiva de imprensa em Londres, os pais do jornalista se manifestaram sobre o seqüestro. Graham e Margaret Johnston fizeram um apelo emocionado pela libertação do filho, pedindo que os captores ‘pensem no que estão fazendo com nossa família’. Com informações de Yaakov Katz [The Jerusalem Post, 10/4/07] e de Leigh Holmwood [The Guardian, 11/4/07].