Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

‘Especialista’ desmascarado

O artigo de João Pedro Stédile desmascara esse pretenso ‘especialista’ em reforma agrária, paparicado pelo Estadão, que é o Sr. Xico Graziano. O que ele fez foi o que jornalistas costumam fazer e equivocadamente chamam de ‘pesquisa de campo’: sair à cata de casos que ilustrem uma reportagem, ou, no caso de Graziano, uma tese. A pergunta que sempre deve ser feita é: qual a representatividade desses casos?

Helton Ribeiro, jornalista, São Paulo



Dinheiro desperdiçado

Sou assinante do Estadão há uns 10 anos e cada vez que vejo matérias desse tipo fico assombrado! Fala-se muito que não é usual a apuração das informações pela Folha de S.Paulo e outros. Mas acho que esta pratica (a de não apurar com afinco) está cada vez mais comum nos veículos brasileiros. Você gasta uma grana para se informar, acha que está devidamente informado… e aí descobre que um veículo do calibre do Estadão publica uma matéria (com dados) cuja fonte é um ex-deputado do PSDB que não tem pesquisa nenhuma em mãos. Ou seja, ele chutou e o Estado chutou também. O que fazer, minha gente?

Alexandre Augusto, jornalista (área de TI), São Paulo

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VIOLÊNCIA NA FLORESTA
Espectadores da história

Imprensa é coisa séria! Forma opinião e, dependendo do assunto, deflagra ações importantes. Quando tomei conhecimento da notícia, minha primeira reflexão foi questionar sobre o que teriam feito, para os índios tomarem esta atitude radical. Sim, porque os índios podem ser considerados ignorantes, no nosso modo de ver, mas bobos com certeza não são, e tenho minhas dúvidas sobre a ignorância deles também. Eles sabem que podem sofrer retaliações e que os ‘não-índios’, como convencionou-se chamar os caras-pálidas atualmente, têm poder de fogo e homens em escala muitas vezes maior. Na verdade, o ‘ homem branco’ tem informação em abundância. (…)

É impressionante como os repórteres continuam como espectadores da história. Na minha área também acontece muito disso. Não existem mais investigadores dos fatos que se antecipam aos acontecimentos. Afinal, para que serve a meteorologia, se só nos damos conta de uma tempestade quando sentimos na pele os pingos da chuva? É nesta tecla que sempre bati. Se eu fosse jornalista e tivesse um forte indício de que algo está para acontecer, meu primeiro impulso seria ir fundo na investigação para descobrir o que realmente existe de importante por trás das aparências, porque quando eu fizer o anúncio da chuva quero estar contribuindo para que as pessoas possam se proteger, e não que minha matéria seja apenas o reforço do óbvio. Como disse, estas críticas valem, inclusive para os profissionais da educação.

Jair Quadros Jimenez Jr., educador, São Paulo

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11 DE SETEMBRO
Faz muito sentido

Muito interessante esse artigo sobre os atentados de 11 de setembro de 2001, de Marcelo Gil e Marcelo Csettkey. É de muita inteligência de vocês e desses alunos de Jornalismo dar ênfase a assuntos como este; dá um crédito inigualável ao site do Observatório da Imprensa. Realmente, faz muito sentido, e os autores estão de parabéns! Já enviei a muitos amigos, e queria parabenizar o site por dar espaço a assuntos tão importantes como este.

João Gustavo Cordeiro, estudante, Rio de Janeiro