Contratada para fotografar o candidato republicano à presidência dos EUA, John McCain, para a capa da revista The Atlantic, Jill Greenberg tirou fotos nada lisonjeiras e, em seu blog, gabou-se do que havia feito. ‘Deixei os olhos dele vermelhos e sua pele parecendo péssima’, afirmou. Ela contou ainda que enganou o candidato, ao final da sessão, ao iluminá-lo de baixo para cima para deixá-lo com aspecto maquiavélico. ‘Ele não tinha idéia’, disse a orgulhosa – e nada profissional – fotógrafa.
Para a sorte de McCain, a Atlantic optou por usar uma foto com iluminação mais tradicional na capa. ‘Esperamos ser julgados pela foto que foi publicada, que consideramos respeitosa’, ponderou o editor da revista, James Bennet. Ele ficou surpreso ao saber que Jill tentou, deliberadamente, fotografar o candidato de uma maneira que o deixasse com aspecto ruim. ‘O comportamento dela não foi nada profissional’.
Culpa da revista
Não satisfeita com o truque de iluminação, a fotógrafa ainda postou, em seu blog, algumas imagens modificadas com Photoshop – incluindo uma em que há um macaco na cabeça de McCain e outra mostrando o político com dentes afiados e boca ensangüentada. ‘Parte do meu trabalho é anti-Bush, então talvez tenha sido uma irresponsabilidade da Atlantic me contratar’, afirmou. O editor da revista alega, no entanto, não vetar fotógrafos por conta de sua orientação política.
Em declaração, Jill afirmou que as fotos falam por si. ‘Aproveitei a oportunidade para criar uma imagem que mostra meus sentimentos sobre a administração republicana e a possível continuidade das políticas do governo do presidente George Bush’. Informações de Ginger Adams Otis [New York Post, 14/9/08].