Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Globo reitera que não há suspeitas sobre empresas de mídia

A Rede Globo vem registrando alguns pontos em que a investigação do escândalo da Fifa poderá se refletir na própria emissora.

No “Jornal da Globo” de quarta-feira (27/5), anota que “não pesam acusações ou suspeitas sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários os direitos de transmissão”, caso da Globo.

Ou, já em versão enxuta no “Bom Dia Brasil” e “Hoje” de quinta (28), “sobre essas empresas de mídia não pesam acusações ou suspeitas”.

Em breve editorial lido por William Bonner no “Jornal Nacional” de quarta, citou-se a si mesma: “A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócios do futebol seja honesto”.

E completou: “Isso só vai trazer benefícios ao público, que é apaixonado por esse esporte, e às emissoras do mundo todo que, como a Globo, fazem esforço enorme para satisfazer essa paixão”.

A emissora também citou a si mesma ao tratar de José Hawilla, pivô do escândalo: “Hawilla também é acionista da TV TEM, uma das afiliadas da TV Globo”.

A relação com Hawilla é mais extensa, não só pela aquisição dos direitos de transmissão e pela TV TEM, mas em outros negócios.

A TV TEM é a maior rede de afiliadas da Globo no interior paulista, em extensão, com base em cidades como São José do Rio Preto e Sorocaba e canais adquiridos junto à própria Globo, 12 anos atrás.

Tem um faturamento anual de cerca de US$ 300 milhões, segundo estimativas de mercado, aproximando-se de redes nacionais como a Band.

Como Hawilla declarou, a Globo foi sua sócia da TV TEM, com 10% do negócio, ao menos nos primeiros anos.

Entre outros negócios, o vínculo da Globo com Hawilla se estende à própria programação nacional da rede.

A produtora TV 7, que é parte da Traffic do empresário, realiza entre outros programas o “Auto Esporte” e o “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”.

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Nelson de Sá, da Folha de S.Paulo