O Google começou a usar seu serviço de mapeamento online – o Google Earth – para chamar a atenção para as atrocidades na região de Darfur, no Sudão, onde 200 mil pessoas foram mortas e mais de 2,5 milhões, desalojadas, em quatro anos de conflito. Em um projeto em parceria com o Museu Memorial do Holocausto, nos EUA, lançado esta semana, a empresa disponibiliza imagens de alta definição da região, tiradas por satélites, que mostram vilarejos destruídos e campos de refugiados.
Quando os internautas que tiverem feito o download gratuito do software usarem a ferramenta de zoom na região de Darfur, verão ícones de chamas representando as vilas destruídas e de tendas representando os campos de refugiados. Ao clicar no ícone das chamas, será aberta uma janela com o nome do vilarejo e dados sobre a extensão da destruição. As imagens serão constantemente atualizadas.
Visibilidade
Os mapas online também incluem um ícone com link para uma apresentação do Museu do Holocausto sobre a crise na região, com fotos, vídeos e depoimentos sobre as atrocidades. Sara Bloomfield, diretora do museu, contou que membros de sua equipe fizeram contato com o Google para falar do projeto porque estavam à procura de um meio que atingisse um número grande de pessoas para chamar a atenção para a região. O Google Earth já foi baixado por 200 milhões de internautas em todo o mundo.
Autoridades sudanesas, inclusive o presidente Omar al-Bashir, negam as atrocidades ocorridas em Darfur. Mas a Corte Criminal Internacional acusou autoridades e milícias de responsabilidade pelo massacres, estupros em massa e a transferência forçada de milhares de civis de suas casas. Os EUA caracterizam os massacres como genocídio. Informações de Desmond Butler [Associated Press, 10/4/07].