Para tentar driblar as reclamações de veículos jornalísticos por conta de sua ferramenta agregadora de notícias, o Google desenvolveu um novo produto. O Fast Flip, anunciado na conferência TechCrunch50, na Califórnia, na segunda-feira [14/9], apresenta os resultados de buscas por notícias em telas sequenciais dos próprios portais. Eric Schmidt, executivo-chefe do Google, já havia criticado os formatos das edições online dos jornais, por serem ‘desagradáveis para a leitura’.
Com o Fast Flip, criado pelo Google Labs, a sensação de leitura é mais ‘amigável’, pois o internauta pode passar pelos resultados lateralmente, como se fossem páginas de revistas, e clicar naquele que lhe interessar; dali, é direcionado ao site original. Também foi lançada uma versão da ferramenta para o Android, sistema operacional para celulares do Google, e para o celular iPhone, da Apple, onde é possível virar as páginas com o toque dos dedos.
Acordo
Dezenas de editoras, entre elas as que publicam veículos como o New York Times, Washington Post, Fast Company e Newsweek, fizeram um acordo com o Google e irão compartilhar os lucros de anúncios do serviço. ‘O Fast Flip testa nossa teoria de que ser capaz de ler artigos de maneira mais rápida significa que as pessoas irão ler mais, atraindo mais lucros publicitários para as editoras’, aposta Krishna Bharat, pesquisador do Google News. ‘Não há receita mágica para a indústria jornalística, mas acreditamos que o Fast Flip pode ser uma maneira de ajudar e estamos buscando outras para um futuro próximo’.
A recente proposta feita pelo Google para a criação de um sistema de micropagamentos foi bem vista pelas editoras. Ainda assim, algumas temem que o Fast Flip reduza a necessidade dos leitores clicarem nos links e irem para suas páginas, onde estão os anúncios. Informações de Chris Nuttall [Financial Times, 15/9/09].