O governo holandês admitiu ter espionado a agência de notícias GPD usando senhas supostamente passadas por funcionários da empresa, noticia o Der Spiegel [6/11/07]. O editor-chefe da agência, Marcel van Lingen, acusa o Ministério de Assuntos Sociais de ‘usar informações roubadas para influenciar a cobertura jornalística’. Não está claro ainda como e quando as senhas foram obtidas.
Dois ex-empregados da agência trabalham atualmente no Ministério, ocupando os cargos de vice-ministro e porta-voz do ministro. Van Lingen, no entanto, não os acusou diretamente de terem fornecido as informações. O editor contou que desconfiou da espionagem quando um funcionário reclamou de uma matéria que não havia sido publicada.
Desculpas
Em carta ao Parlamento, o ministro de Assuntos Sociais, Piet Hein Donner, confirmou que alguns empregados do Departamento de Comunicação de seu Ministério estavam acessando a rede da GPD desde a metade de 2006. ‘Eu lamento o modo como isto aconteceu e sou enfaticamente contra’, escreveu. ‘Quero deixar claro que isto não ocorreu com o meu conhecimento ou a meu pedido’. Donner informou que, além de pedir a promotores que comecem uma investigação para determinar se atos criminais foram cometidos, um inquérito foi aberto dentro do próprio Ministério. Diversos funcionários já foram suspensos.