A Constituição de 1988 deixa claro que somos um povo livre, temos liberdade de expressão e imprensa. Somos cidadãos capazes de demonstrar o que sentimos e o que queremos. Foi assim em diversas lutas já existentes no Brasil, como as Diretas Já, o impeachment de Collor, o Movimento Sem Terra etc. A imprensa do Brasil esteve presente em todos esses momentos, mesmo não agradando totalmente ao governo. O governo sempre tentou, de certa forma, manipular a imprensa e agora julgam que os jornalistas quebram sua ‘regra’ de imparcialidade. Na verdade, o governo quer manter a imprensa sempre com rédeas curtas e que o seu agir seja sempre benevolente com o governo.
Pergunto-me, como fica a senhora dona democracia, que estava cambaleando das pernas, mas continuava firme, imperante em nosso Brasil? Querem acabar com as suas forças? Penso ser um pouco tarde, já que através da democracia conseguimos muitas coisas, quebramos verdadeiros grilhões e retroceder não é o caminho certo a seguir. A população é a responsável pelo governo. De quatro em quatro anos temos uma relação de comprometimento com o país. É obrigatório, ou pelo menos necessário, que também tenhamos algo em troca, e não que mais um bem que nos foi dado, a liberdade de imprensa, seja rifado do nosso convívio.
Os jornalistas são a nossa voz, eles dizem o que milhares de brasileiros querem dizer e não têm oportunidades, muitas vezes são oprimidos por que agem com a verdade e descobrem várias falcatruas do primeiro poder. Os governantes preferem ter a imprensa como uma espécie de coluna social, mostrando sempre o bom e as proezas do governo. O lado ‘podre’ eles querem apagar, mas graças a Deus ainda existem bons jornalistas aptos a desmascarar o que pode está escondido.
É importante frisar que a imprensa às vezes ‘fala demais’, mas quando não se tem o que esconder é bom ser apresentado. A imprensa já detonou vários regimes políticos, com vários governos. O governo já detonou e tenta detonar ainda mais a imprensa, como o caso da Venezuela, onde uma rede de televisão foi trancada por ir contra as regras de Hugo Chávez. A pergunta que não quer calar: onde iremos parar?
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Estudante de Comunicação, Cuité, PB