Os sindicatos são os legítimos representantes dos trabalhadores. São responsáveis por lutas, mobilizações e conquistas da classe operária. Porém, existem muitos representantes de classes não avaliados de forma correta pela mídia. A grande imprensa omite informações das garantias de benefícios e, principalmente, as lutas sindicais por uma sociedade mais justa e com melhores salários.
No momento, a pauta das entidades sindicais é a conquista das 40 horas semanais, sem redução de salários. As mobilizações vêm se intensificando nas câmaras municipais de todo o país para garantir esse direito ao trabalhador. O objetivo das centrais sindicais, que contam com o apoio maciço dos sindicatos e dos operários, é integrar mais trabalhadores ao mercado de trabalho e melhorar a qualidade de vida.
Atualmente, o cidadão passa pouco tempo com a sua família. A conquista das 40 horas será um avanço na luta permanente das centrais sindicais pela valorização e respeito da sociedade mais carente.
Sabe-se muito bem, e isso não é de hoje, mas histórico, que quando se trata de assuntos sindicais a mídia faz ‘vista grossa’ e não colabora para informar os trabalhadores de maneira justa. Se a grande imprensa apoiasse a luta dos trabalhadores, o caminho da conquista pelas 40 horas não seria tão difícil.
Combater mentiras e interesses
Na avaliação de Wanderley Guilherme dos Santos, professor aposentado da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos cincos mais importantes cientistas políticos da América Latina, a imprensa brasileira, ‘sem embargo da retórica democrática’, tornou-se a principal adversária das instituições representativas.
Ele afirma: ‘A imprensa brasileira exerce e tem todo o direito de ter opinião e preferências políticas. No Brasil, no entanto, ela diz que apenas retrata a realidade. É falso. Há muito da realidade que não está na imprensa e há muito do que está na imprensa que não está na realidade.’
Umas das saídas para as entidades sindicais combaterem a promíscua mídia brasileira é o investimento em seus próprios veículos de comunicação. Eles serão ferramentas importantes para orientar e fortalecer as mobilizações na base. O jornalismo sindical veio para combater com veemência as mentiras e interesses do patronato, sempre protegido pelos veículos vendidos.
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Editor e criador do Grita São Paulo, São Paulo, SP