Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornais gripados desinformam geral

Antes era a gripe do frango, agora é a do leitão – e amanha que bicho será que vai adoecer? Se souber, avise os jornais, que usam e abusam do pânico e da desinformação, para vender suas notícias e exemplares. Se o termo correto é ‘Influenza A’, ou ‘H1N1’, isso pouco vai mudar, alguns sintomas já são reais.

O principal é o desserviço informativo. Pouquíssimos jornais apresentaram a eficácia das máscaras. Quem deve usar, qual tipo é o mais apropriado e ainda, qual a sua durabilidade. Por outro lado, uma quantia considerável de jornais lançou notícias revelando o crescimento da produção nas fábricas e reposição de estoque, em caso de agravamento.

Um dos jornais que participaram desta folia das máscaras foi a Folha de S.Paulo. O jornal foi talvez o mais oportunista e comprometido com o boom mercadológico, até o momento. Em uma reportagem, de 29/04, com o título ‘Pavor da gripe suína esquenta mercado de máscaras no Brasil; veja como usar’, já pode ser possível sintetizar a posição do veículo sobre o tema.

Quem falta com a verdade?

O jornal valoriza o pavor e apóia o uso das máscaras. A reportagem apresenta onde usar as máscaras; no entanto, não precisa sua eficácia. Apenas destaca que as pessoas devem comprar o objeto. E ainda, os médicos, consultados pela reportagem, não souberam, segundo o jornal, precisar o período de troca das máscaras. Será?

Outra ausente no noticiário é a informação de que as máscaras não são recomendadas para pessoas saudáveis, conforme os informativos da OMS (Organização Mundial de Saúde). Quem está faltando com a verdade, os jornais, entre eles a Folha, ou a OMS?

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Jornalista, especialista em Linguagem, Cultura e Ensino, Foz do Iguaçu, PR