Dan Rather, cuja carreira na CBS News chegou ao fim há pouco mais de um ano devido a seu questionamento do serviço militar de George W. Bush no 60 Minutes, abriu um processo esta semana contra a rede, o chefe-executivo da CBS, Leslie Moonves, a Viacom e seu chefe-executivo Sumner Redston, e Andrew Heyward, ex-presidente da CBS News. A reportagem assegurava que o presidente teria utilizado as ligações políticas do pai para escapar de servir à guerra do Vietnã.
Rather alega que a rede violou seu contrato, depois de forçá-lo a deixar o cargo de âncora do CBS Evening News em março de 2005 – posição que manteve há 24 anos. Ele também afirma que a rede foi fraudulenta ao se basear em uma investigação interna ‘tendenciosa’ e incompleta sobre o caso, o que ‘prejudicou seriamente sua reputação’. Rather exige US$ 70 milhões em danos.
Bode expiatório
Segundo ele, a CBS e seus executivos o tomaram como ‘bode expiatório’ para tentar ‘tranqüilizar a Casa Branca’. Sob pressão, ele pediu desculpas (http://www.teste.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=295ENO002) publicamente em setembro de 2004, pois a reportagem foi baseada em documentos que não podiam ser comprovados. O consagrado jornalista apresenta atualmente um programa semanal na HDNet – um canal a cabo que é visto por poucos telespectadores. Informações de Jacques Steinberg [New York Times, 20/9/07].