A investigação que deveria descobrir se o governo Bush expôs ilegalmente a identidade de uma agente da CIA agora se dirige a alguns jornalistas cobrindo o inquérito. Um promotor especial pediu para interrogar repórteres do Washington Post e Newsday a respeito da investigação. Outros jornalistas ainda podem ser intimados.
As perguntas informais do procurador são indícios de que a investigação, que já dura cinco meses, sobre a identificação da agente da CIA Valerie Plame pode estar entrando em uma fase crítica, segundo Richard B. Schmitt [Los Angeles Times, 18/5/04]. Também se levanta a possibilidade de jornalistas serem intimados a testemunhar sobre o caso perante júri em um tribunal federal.
O procurador, Patrick Fitzgerald, está tentando estabelecer o que levou à coluna de Robert Kovak, que citou Valerie em 14/7/03, e se as leis referentes a revelações intencionais de agentes da CIA foram quebradas no processo.
O marido de Valerie, Joseph C. Wilson IV, disse que a exposição tinha motivação política, sendo uma vingança da Casa Branca de Bush por ele ter escrito um artigo de opinião em 6/7/03 no New York Times desafiando asserções feitas pelo presidente sobre o Iraque.
Processos criminais sobre vazamentos ou informações confidenciais são geralmente difíceis de provar sem a cooperação de jornalistas, que, por sua vez, não costumam revelar suas fontes. Alguns classificaram as perguntas do procurador como um prelúdio a uma intimação a jornalistas.
Newsday foi a primeira publicação a noticiar que a coluna de Novak revelou o status de Valerie como agente secreta da CIA. Já o Post, reportou que dois dias antes de publicada a coluna de Novak, um de seus repórteres conversou com um funcionário não-identificado do governo que citou Valerie como analista da agência, sem reproduzir seu nome.