A Maria Rita foi vítima da tão propalada liberdade de expressão que a elite e boa parte da mídia acusa Lula de atacar. Como se pudéssemos considerar livre uma imprensa que de forma desonesta desequilibra o jogo político, inclusive descumprindo de forma sistemática a lei eleitoral. Um jornal tem todo o direito de expressar o posicionamento da sua direção, mas isso não lhe atribui o poder de burlar a lei, de mentir a serviço dos seus interesses políticos. Deviam rasgar e queimar em praça pública os seus manuais de redação.
A forma que temos para barrar o abuso de poder da mídia tradicional que é capaz de forjar e fabricar denúncias e acusações de toda a sorte é exercendo, cada um de nós, o seu poder de propagação. O Brasil está no rumo certo. É responsabilidade de cada um de nós, que tem consciência das diferenças fundamentais entre o atual governo e o dos tucanos, combater a falsidade ideológica da mídia que, sob a desculpa da liberdade de expressão, abusa da mentira a serviço dos seus interesses. Desequilibra de forma criminosa a cobertura da disputa eleitoral, já que a legislação estabelece espaços equilibrados para os candidatos.
Nós, aqui em Minas, vimos no final da campanha de governador o que a mídia é capaz de fazer: a lei eleitoral proíbe os candidatos de fazerem propaganda atacando e ridicularizando os adversários. Eis que nos últimos dias da eleição vimos grande parte dos veículos locais – e até a Folha de S.Paulo e a Veja – colocando na primeira página dos seus portais na web o link de um filme onde o ator Tom Cavalcanti tenta ridicularizar Hélio Costa.
O país como testemunha
Ou seja, uma prática condenada de forma explicita e clara pela legislação eleitoral é adotada pela mídia sob o pretexto de que a justiça liberou os humoristas para terem a campanha como inspiração. Falemos sério. O que vemos é humor negro, pois esse tipo de artifício deixa de luto os que gostariam de assistir a um debate em igualdade de condições. Haverá os que dirão: com o presidente Lula com 80% de aprovação popular, o jeito de equilibrar é apelar. Rima pobre e feia para um país com a força e o brilho que o Brasil atingiu no cenário mundial.
Parabéns, Maria Rita. Você ajudou a desmascarar a profundidade da liberdade de expressão que os donos dos grandes veículos de comunicação alardeiam defender. Pagou com seu emprego, mas tem o país inteiro como testemunha para processar o Estadão por perseguição política.
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Publicitário, Belo Horizonte, MG