A Metro International acaba de lançar um tablóide diário grátis para ser distribuído nas estações de metrô de Nova York. Intitulada Metro, a nova publicação irá competir por leitores no já inflado mercado de jornais da cidade. Mas o editor Henry E. Scott não parece preocupado com a concorrência. ‘Nós estamos em todo o mundo’, diz ele, lembrando que a empresa sediada em Londres espalhou suas publicações pela Europa, América do Sul e Ásia, e já começou seu processo de conquista do mercado americano, com jornais em Boston e na Filadélfia.
Se o Metro irá sobreviver a Nova York é um mistério, afirma Jennifer Saba [Editor & Publisher, 5/5/04]. Além da vasta gama de opções de leitura, os nova-iorquinos que viajam todos os dias de metrô já têm sua opção gratuita. A Tribune Co. distribui, desde o ano passado, o amNew York. Mas nem isso amedronta Scott. Ele insiste que seu jornal é diferente. A começar pelo público-alvo: o Metro quer abocanhar leitores na faixa de 18 a 34 anos. Para isso, removeu todos os ‘obstáculos’ que pudessem atrapalhar a leitura.
Com 28 páginas e uma circulação diária de 300 mil exemplares, o tablóide traz uma linha editorial no mínimo moderna. Não seria surpresa se os leitores encontrassem a cantora pop Britney Spears na capa. As páginas internas serão preenchidas por notícias curtas (eles têm um acordo com a Associated Press) e notas de entretenimento (fruto de uma parceria com a revista Time Out New York). A venda de anúncios publicitários também prospera. Segundo Scott, já foram vendidos espaços para a Sony, H&M e DKNY, entre outros.
Floyd Weintraub, vice-presidente do amNew York, que tem circulação diária de 200 mil exemplares e também é distribuído nas estações de metrô, diz que o jornal não se intimida com o novo concorrente. ‘Nova York é o mercado mais competitivo dos EUA. Quando nós entramos nele já esperávamos competição’, conclui.