A morte de três jornalistas iraquianos, esta semana, elevou a nove o total de profissionais de imprensa mortos em maio no Iraque. O número iguala este mês ao pior mês já registrado para repórteres que cobrem a guerra. Em fevereiro de 2004, quase um ano após o início da invasão americana, nove jornalistas também foram mortos, segundo dados da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede em Paris.
Outra organização independente, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, lista abril de 2003 como o mais sangrento mês para repórteres, com sete jornalistas mortos. Entre as vítimas de maio, oito eram jornalistas iraquianos e uma era um fotógrafo russo. Três delas morreram nos últimos dias.
Execuções
Abdul Rahman al-Isawi, 31 anos, repórter da agência de notícias independente National Iraqi News Agency, foi levado de sua casa, no vilarejo de Amiriyat al-Falluja, por homens armados, na noite de segunda-feira (28/5). Seu pai e irmão também foram assassinados.
O jornalista Nazar Abdul Wahid, 38 anos, que trabalhava para a agência Aswat al-Iraq e para o jornal New Sabah, foi morto a tiros na quarta-feira (30/5), na cidade de Amara. Ele estava diante de um hotel com outros jornalistas quando homens em um carro o alvejaram.
Mahmoud Hakim Mustafa, editor-chefe do semanário Hawadith, foi morto por homens armados na segunda-feira (28/5), perto de sua casa, em Kirkuk.
Sangrento
Maio de 2007 também foi considerado o mês mais letal para o Exército dos EUA em mais de dois anos. Cento e dezesseis soldados americanos foram mortos, pior índice desde novembro de 2004, quando foram contabilizadas 137 mortes.
O conflito no Iraque é considerado o mais letal para jornalistas nos últimos 25 anos. Sem contabilizar as últimas mortes, a RSF afirma que 177 jornalistas e assistentes de mídia já morreram na guerra; o CPJ alega que o número é de 104. Informações de Aseel Kami [Reuters, 30/5/07].