Oito mulheres de coragem receberam esta semana o prêmio Courage in Journalism (coragem no jornalismo), concedido pela International Women´s Media Foundation, em Nova York. A premiação é dedicada a jornalistas mulheres que ‘mostraram caráter e integridade ao trabalhar sob circunstâncias perigosas ou difíceis’. As vencedoras deste ano são:
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Lydia Cacho, do MéxicoCorrespondente da agência de notícias CIMAC, colaboradora da revista Dia Sete e ativista pelos direitos humanos, a mexicana Lydia já enfrentou diversas ameaças de morte por denunciar casos de violência doméstica, crime organizado e pedofilia. Autora do livro Los Demonios del Edén, sobre o envolvimento de políticos e empresários mexicanos com pornografia infantil, a jornalista chegou a ser presa, acusada de difamação. No ano passado, uma gravação de uma conversa entre um empresário e um político discutindo um plano para prender e estuprar Lydia foi obtida pela imprensa. Há onze anos, ela foi de fato estuprada e espancada no banheiro de um terminal de ônibus, e suspeita que o ataque tenha tido relação com seu trabalho.
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Serkalem Fasil, da EtiópiaGrávida, Serkalem foi presa e espancada em 2005 por publicar artigos críticos ao governo da Etiópia. Ela e seu marido estavam entre os 14 jornalistas de veículos independentes e privados detidos por traição e violação da constituição, acusações que podem levar a pena perpétua e pena de morte. Em junho de 2006, ainda presa, Serkalem deu à luz seu filho, Nafkot, que nasceu prematuro e com pouco peso. Ela foi obrigada a cuidar da criança em uma cela infestada por ratos, baratas e pulgas.
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Huda Ahmed, Shatha al Awsy, Sahar Issa, Alaa Majeed, Zaineb Obeid e Ban Adil Sarhan, do IraqueAs repórteres da sucursal iraquiana da companhia americana McClatchy arriscam suas vidas para conseguir expor ao mundo a complexa situação de seu país. Junto com outros profissionais da sucursal em Bagdá, elas contribuem com o blog Inside Iraq. Informações de Morgan Lee [AP, 23/10/07] e do sítio da International Women´s Media Foundation.