São usados equivocadamente na mídia brasileira:
>> “Apócrifo”. Qualquer dicionário, por modestas que sejam suas ambições, dará ao consulente o significado da palavra: inautêntico, cuja autoria não se provou. O adjetivo é usado incorretamente há décadas no lugar de “anônimo” (não assinado, não identificado). A palavra apócrifo vem do grego e foi empregada em latim eclesiástico para designar algo que o cânone religioso não reconhecia. A mídia jornalística pode dizer que os documentos do caso Siemens/Alstom são anônimos, mas não que são “apócrifos”, porque a condição de inautenticidade deve ser estabelecida pela Justiça, não pelo ilustre repórter ou editor.
>> Proliferar(“-se”). O verbo é intransitivo, mas os jornais, que deviam educar o povo, desaprendem com suas parcelas menos letradas. Valor, 12/12: “Os protestos de sem-teto se proliferaram…” (entrevista com Fernando Haddad, pág. A16).
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