Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Nelson de Sá

‘Mais do que o casamento de Onassis, mais do que o campeonato de Corinthians, o que chama atenção para o Brasil no noticiário mundial, ao menos nos serviços de busca, são as negociações de comércio.

A resistência do Brasil dividiu os ricos EUA e União Européia -e agora a própria UE.

O racha europeu era o título da longa reportagem de ontem no ‘New York Times’ e em sua versão parisiense, o ‘International Herald Tribune’.

A divisão foi acentuada pela proposta de Brasil e Índia, que lideram o G20, de países em desenvolvimento, para negociar as tarifas de produtos industriais -desde que a Europa corte subsídios agrícolas.

Ato contínuo, segundo o londrino ‘Observer’, o ministro britânico das finanças, Gordon Brown, ‘ignorou o acordo de Tony Blair’, primeiro-ministro, e ‘atacou os franceses’, maiores partidários dos subsídios.

No parisiense ‘Le Monde’, nem registro da pressão.

A divisão, curiosamente, chegou à própria França.

Segundo o ‘Financial Times’, dias atrás o novo presidente da federação dos empresários franceses ‘quebrou o tradicional silêncio sobre assuntos agrícolas’ e ‘atacou o lobby dos fazendeiros’ nas negociações.

Também inusitadamente, a divisão chegou à Grã-Bretanha. Gordon Brown questionou abertamente a proposta de corte nos subsídios europeus apresentada por Peter Mandelson, hoje representante comercial da União Européia -e antes o ministro mais poderoso de Blair, seu amigo pessoal.

Mandelson, em artigo no londrino ‘Guardian’ de sexta, vem buscando isolar Brasil e Índia, apelando aos ‘países mais pobres’, e foi atropelado por Brown. Mas ganhou aplausos na França, segundo o ‘NYT’.

Da parte do Brasil, falaram pelo país no exterior e até em manchete do ‘Jornal da Record’, no sábado, os ministros Antonio Palocci e Celso Amorim, ambos na Europa para o encontro do G7, dos ‘países mais ricos’.

E ambos com ataques pesados à França.

Depois de votar, Chávez discursa ao vivo pelo canal Telesur

ACACHAPANTE

Para o comentarista escalado pela BBC, o ex-correspondente do ‘Guardian’ em Caracas, o que aconteceu ontem na Venezuela foi simples:

– Ao não participar da eleição, a oposição tira, até certo ponto, parte da legitimidade. É o objetivo dos partidos, porque eles têm muito pouco apoio e seu desempenho seria ruim. Então, desistiram pensando que conseguiriam mais publicidade não participando.

A cobertura do ‘Financial Times’, traduzida no UOL, foi na mesma linha, ‘oposição retira candidaturas prevendo derrota acachapante’. Não para o comentarista político venezuelano Teodoro Petkoff:

– Chávez terminará obtendo uma assembléia no estilo soviético, dominada por um partido único.

De sua parte, ao vivo pelo canal Telesur, que não tem reprodução por Sky, DirecTV, Net ou TVA, mas que se pode assistir pela internet, o presidente Hugo Chávez acusou a oposição e os EUA de golpe.

No discurso sem fim, tratou de lembrar que seu país ‘marcha muito bem no concerto das nações do mundo’. Em especial, a ‘integração ao Mercosul’:

– Quanta diferença com a Venezuela dez anos atrás.

‘High society’

Precedida por reportagem na revista americana ‘Vanity Fair’, a cobertura do ‘casamento grego’ que uniu ‘o high society grego e brasileiro’, na ironia do britânico ‘Observer’, já surgia ontem em toda parte.

Em meio à revoada de helicópteros, lá estava o Globocop, para Glória Maria anunciar o ‘final feliz para um conto de fadas’. E tome cifras sem fim, do número de seguranças ao de garrafas de champanhe. E tudo diante do belo Palácio dos Bandeirantes -a dez quadras de uma das maiores favelas de São Paulo.

‘El Rey en Brasil’

O locutor Galvão Bueno resistiu, nada berrou, mas a imagem na tela da Globo anunciou logo, ‘tetracampeão’. Também o ‘Fantástico’ abriu bradando que ‘o Corinthians é o campeão brasileiro’, com direito ao hino e cenas emocionantes.

Folha Online e outros sites foram bem mais contidos.

Como a Globo, só mesmo os sites argentinos. O comedido ‘La Nación’ deu até manchete, ‘Tevez es el Rey en Brasil’, ou Tevez é o rei no Brasil.’



IMPRENSA INTERNACIONAL
Matías M. Molina

‘Um líder de respeito, um grande negócio’, copyright Valor Econômico, 3/12/05

‘‘El País’ é o jornal espanhol de referência, o mais influente e o de maior circulação. Jovem ainda – vai completar 30 anos em 2006 -, já foi objeto de dezenas de livros e teses de doutorado e serviu de modelo para grande número de jornais. É também um excelente negócio: segundo um de seus dirigentes, é o jornal mais rentável da Europa.

Parte de seu êxito se deve a circunstâncias únicas, que dificilmente irão se repetir. ‘El País’ foi o jornal da transição espanhola, o órgão da abertura. ‘El País’ e a democracia na Espanha nasceram juntos e cresceram juntos.

A idéia de um jornal liberal, independente, socialmente solidário, tolerante, ‘europeísta’ foi lançada em 1971 por José Ortega Spottorno, filho do filósofo José Ortega y Gasset, que tinha sido o pai espiritual de ‘El Sol’ – o mais sério e importante jornal de toda a história espanhola, mas de vida curta. Ele queria um diário que fosse o herdeiro de ‘El Sol’.

Com dificuldades, foi reunido um numeroso grupo de pequenos acionistas. Como o título de ‘El Sol’ já estava tomado, ‘El País’ foi a melhor opção de nome disponível. A empresa, Promotora de Informaciones. S.A. (Prisa), demorou anos em conseguir uma licença para publicar o jornal. As autoridades do ‘tardofranquismo’ – a época dos últimos anos do ditador Francisco Franco – desconfiavam de sua vocação liberal. A permissão só saiu em 1975 e ‘El País’ foi lançado em maio de 1976, uns seis meses depois da morte de Franco. Nasceu ‘sem pecado original’, nas palavras do escritor Manuel Vicent. Dizia ele que ‘El País’ não teria sido o mesmo se tivesse sofrido a humilhação inicial de cobrir o ‘presunto’ do ditador com epítetos elogiosos no ato das exéquias, quando a imprensa teve que (…) exaltar a Franco muito além do túmulo’.

Para dirigi-lo foi escolhido Juan Luis Cebrián, um jovem jornalista de 30 anos, idade que viria a ser a média da redação. Em lugar de depender de alguns nomes ilustres, Cebrián preferiu dar ênfase à formação de uma equipe. Em vez de um especialista em cada área das artes e espetáculos, ele nomeou dois, para evitar a formação de ‘feudos’ – dois críticos de música, dois de teatro, dois de cinema etc.

Se ‘El Sol’ era a referência do passado, ‘Le Monde’ foi o modelo imediato do jornal que nascia. O alemão Reinhard Gäde foi o responsável pela linha gráfica e pela aparência – elegante, sóbria e funcional. Peter Preston, que durante vinte anos editou o diário britânico ‘The Guardian’, descreveu, muito tempo depois, a impressão que lhe causaram os primeiros exemplares de ‘El País’: o jornal, ‘inesperado e provocante, ficou durante muitos anos na minha gaveta, agarrando-me cada vez que a abria e o folheava. Era um tablóide com uma diferença. Sem grandes manchetes, pouquíssimas fotos grandes e absolutamente sem histeria. A primeira página e todas as outras refletiam a sobriedade do jornalismo de alta qualidade. O texto era rei. Tudo era claro, limpo e organizado. Aqui havia um tablóide que não interferia entre o repórter e o leitor. Pelo contrário, este meio, contido e calmo, levava uma mensagem simples. Somos sérios, dizia – e elegantemente sérios. A palavra é importante’.

Um dos méritos de seus editoriais foi, como disse outro jornalista inglês, explicar diariamente, com paciência e de maneira clara, como funciona uma democracia a um país que estava saindo de uma longa ditadura.

‘El País’ teve um êxito inesperado. A circulação disparou e, em pouco tempo, se transformou no mais influente jornal da Espanha. Era o diário que centenas de milhares de leitores esperaram durante anos, se não décadas. Um jornal sóbrio, tolerante, progressista, comprometido com a abertura política e no qual havia lugar para colaboradores de diversas correntes. Em maio de 1976, mês do lançamento, o jornal vendeu 86 mil exemplares diários, em novembro eram 115 mil e houve necessidade de comprar uma segunda rotativa. No segundo ano, 128 mil. Em 1979 era o de maior circulação da Espanha e em 1982 chegava perto dos 300 mil.

A publicidade afluiu com rapidez e, em pouco tempo, ‘El País’, além de jornal influente, era um extraordinário negócio. A empresa tinha uma estrutura moderna, com tecnologia de ponta. Mais ainda, conseguiu um feito raro no mundo da imprensa: um diretor de redação, Juan Luis Cebrián, e um diretor executivo, Jesús de Polanco – um rico empresário dono de várias editoras de livros – que trabalhavam em sintonia. ‘É um círculo vicioso: quanto maior o lucro, mais você pode investir para tornar mais rentável o negócio’ e distanciar-se da concorrência, dizia Polanco.

Foi uma publicação precoce. Em 1978, dois anos depois do lançamento, os professores americanos John C. Merril e Harold Fisher incluíam ‘El País’ em um estudo sobre os 50 melhores jornais do mundo, que serviria de base para seu livro. ‘The World´s Great Dailies. Profiles of 50 Newspapers’, de 1980

O capital da editora, Prisa, estava pulverizado. Tinha mais de mil acionistas, nenhum dos quais controlava 10% do capital. Para mostrar o ecletismo do jornal e sua independência, é amplamente repetido que no dia do lançamento um grande número de acionistas compareceu à sede. Faltaram dois nomes importantes. Um era o ministro do Interior, Manuel Fraga. Outro era Ramón Tamames, membro do Comitê Central do Partido Comunista, que estava preso por ordem desse ministro.

Esta ampla diversidade ideológica dos acionistas foi a origem do primeiro grande problema. Os mais conservadores achavam que o jornal era de esquerda; para alguns liberais, o jornal não era suficientemente intelectual e lamentavam algumas concessões ‘de mau gosto’. Na verdade, ‘El País’ era um jornal de elevado rigor intelectual, mas preocupado, também, em atrair leitores jovens. Dava atenção a temas como ecologia, minorias, divórcio, aborto. O jornal foi definido como liberal, anticlerical, com certo ranço de antiamericanismo, um terceiro-mundismo algo ingênuo, feminista e, em economia, defensor do livre mercado. Os acionistas descontentes quiseram mudar a linha editorial e começou uma guerra aberta, na qual cada uma das partes tentou assumir o controle da empresa. Depois de vários anos de uma luta surda, ganhou o lado que já estava fazendo o jornal. O principal executivo, Jesús de Polanco, que tinha avalizado pessoalmente os investimentos iniciais, assumiu também o controle acionário em 1983.

Sem a distração causada pelas brigas de acionistas, ‘El País’ fez mudanças para tornar-se menos ideológico e mais analítico, menos adjetivado e mais informativo. A empresa começou a diversificar, investindo os lucros crescentes. Algumas iniciativas fracassaram, como a revista semanal de informação ‘El Globo’, que fechou em alguns meses, ou a Radio El País, ou alguns investimentos em rádios francesas. Houve também problemas nas associações com jornais diários em Portugal, Reino Unido e México. Mas os êxitos compensaram amplamente, como a SER, a maior cadeia de rádio da Espanha, ou o Canal Plus de TV por assinatura, em associação com seu homônimo francês. Com o sucesso, houve quem detectasse uma postura, consciente ou não, de arrogância e conformismo, no jornal e em alguns de seus jornalistas.

Depois da chegada do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ao poder, em 1982, um concorrente, o ‘ABC’, um jornal monarquista e conservador, iniciou uma longa e persistente campanha, acusando ‘El País’ de ser ‘o jornal do governo’. Na verdade, ‘El País’ criticou repetidamente o governo, decepcionou-se com ele e publicou muita informação exclusiva que exasperou os socialistas. Seu diretor, Cebrián, foi levado aos tribunais pelo ministro do Interior. Mas a acusação de governista, além de ter efeitos psicológicos perversos sobre o espírito da redação, também afetou a imagem do jornal na Espanha e no exterior – mas não a circulação, que continuou aumentando.

As críticas tinham algum fundamento. O PSOE, no governo, adotou boa parte dos princípios que ‘El País’ tinha defendido desde sua fundação. Era natural, portanto, certa afinidade entre eles. Além disso, com o PSOE no poder, ministros e dirigentes – assim como empresas privadas – contrataram jornalistas de ‘El País’ para assessorá-los. Um jornalista do ‘Financial Times’ escreveu que o primeiro-ministro chegou a pedir aos ministros que não lessem ‘El País’ antes do meio-dia, para que tivessem suas próprias idéias, em lugar de deixar que o jornal pensasse por eles. É claro que foi desmentido, mas isto mostra a influência do jornal sobre o governo.

Mais graves, para o prestígio e para a imagem de isenção de ‘El País’, foram suas relações com o governo do Partido Popular, conservador, de José María Aznar. Ele atribuiu ao jornal sua derrota nas eleições de 1992 e a estreita margem de sua vitória, com menos de 1%, nas de 1996. Quis organizar um novo grupo de comunicação na Espanha, que rivalizasse com a Prisa. Aznar tentou de várias maneiras – algumas de duvidosa legalidade – prejudicar os negócios da empresa, especialmente da Sogecable, a operadora de televisão por satélite que estava sendo criada.

‘El País’ reagiu e combateu abertamente o governo de Aznar. Ficou mais próximo do PSOE na oposição do que tinha estado quando era governo. Para muitos leitores, a campanha destoava da serenidade que esperavam dele. Eles reconheciam que os concorrentes eram muito mais agressivos e parciais em seus ataques. Mas esperavam do ‘seu jornal’ uma atitude diferente. Este período não foi muito longo, Aznar desistiu de acabar com a Prisa e os ânimos se acalmaram. Com o retorno dos socialistas ao poder, no ano passado, voltaram acusações de favoritismo. Com o aumento da influência, cresceu também o número de inimigos. Entre os mais radicais estão antigos jornalistas de ‘El País’.

A Prisa é hoje o maior grupo de comunicação da Espanha. Teve uma receita de 1,45 bilhão de euros no ano passado (R$ 3,8 bilhões). Possui uma rede de jornais, a maior cadeia de rádio da Espanha e da América Latina, emissoras de televisão aberta e por assinaturas, as maiores editoras de livros – no Brasil, comprou a Editora Moderna, de livros didáticos. No ano passado, a Prisa colocou o pé nos EUA. E, neste ano, tornou-se acionista importante de ‘Le Monde’, o jornal que foi seu modelo e que enfrenta sérios problemas.

Ao contrário de ‘El Mundo’, seu arqui-rival, ‘El País’ ainda não acertou a mão em sua incursão pela internet. Mas é hoje o maior diário do mundo de língua espanhola, com 470 mil exemplares, depois de ultrapassar ‘Clarín’, de Buenos Aires, que tem 425 mil. Na Espanha, é ainda o jornal de referência. Continua sendo modelo para outros jornais. Mas hoje é uma peça no organograma da Prisa, sua peça mais importante e de maior prestígio.’



ECOS DA GUERRA
Annette Langer

‘‘Ser seqüestrada é um choque total’’, copyright O Estado de S. Paulo / Der Spiegel, 4/12/05

‘A jornalista italiana Giuliana Sgrena foi libertada em março, depois de passar um mês como refém no Iraque. Agora, uma nova onda de seqüestros atinge estrangeiros que trabalham no país do Golfo Pérsico. Sgrena conversou com a Der Spiegel sobre o terror, estratégias de sobrevivência e dinheiro de resgate.

A sra. foi seqüestrada em Bagdá em 4 de fevereiro deste ano por um grupo autodenominado ‘Mujahedin sem Fronteiras’. Qual foi seu primeiro pensamento quando isso aconteceu?

Não tive tempo de pensar em nada – simplesmente tentei encarar a realidade do que acontecia comigo. Ser seqüestrada dessa maneira é um choque total e, no início, você não entende o que está acontecendo. Você fica totalmente horrorizada – e com muito medo.

Como a sra. foi tratada pelos captores?

Como uma prisioneira. De um ponto de vista material, eu não podia reclamar – havia bastante comida e até mesmo a medicação necessária. O pior era não ter nada para fazer – ser obrigada a ficar simplesmente sentada ali, sem livros, sem jornais, sem caneta e papel para escrever.

As condições nas quais a sra. era mantida pioraram ao longo das quatro semanas de cativeiro?

Não. Não havia nenhum desenvolvimento gradual. Era apenas uma alternância constante entre a esperança de ser libertada e o medo de ser morta.

Como um refém deve se comportar no Iraque? Há algo que ele possa fazer para aumentar a probabilidade de sobreviver à provação?

É difícil dizer. Numa situação tão ameaçadora, os instintos assumem – e cada pessoa reage de um modo. Algumas rezam, outras confiam em sua capacidade de analisar a situação e na lógica. Tentei seguir em frente lembrando sempre que havia pessoas lá fora tentando ajudar. Disse a mim mesma que outros reféns tinham sobrevivido em condições muito piores.

É uma vantagem para a refém alemã Susanne Osthoff – seqüestrada há mais de uma semana com seu motorista iraquiano – o fato de ela conhecer bem o Iraque, falar árabe fluente e ser convertida ao islamismo?

De fato, pode-se supor isso. Mas a britânica Margaret Hassan, da agência humanitária Care, tinha um perfil similar e mesmo assim foi brutalmente assassinada por seus seqüestradores terroristas em novembro do ano passado. O desfecho de um seqüestro depende em alto grau de quem são os seqüestradores.

Apesar de alguns jornais informarem o contrário, o governo italiano sempre negou ter pago resgate em seu caso. Qual a importância do dinheiro para quem faz reféns no Iraque?

Antes de tudo, não sei nada sobre nenhum dinheiro de resgate pago em meu caso. Em segundo lugar, esses seqüestros nunca envolvem apenas dinheiro. Sempre há também um elemento político. Fui libertada porque as negociações foram bem-sucedidas, porque havia pessoas fazendo lobby por minha liberdade e porque centenas de milhares foram às ruas em Roma pedir minha libertação e a da jornalista francesa Florence Aubernas. É isto que devemos fazer agora: agir e mostrar determinação.

A sra. pensa em voltar para o Iraque?

Para ser seqüestrada de novo? Não, claro que não.

Acredita que Susanne Osthoff foi descuidada demais ao ignorar ameaças a sua segurança e continuar trabalhando no Iraque?

É uma decisão muito pessoal. Eu nunca me permitiria julgar sua decisão de permanecer no país.

Como a sra. tenta superar o trauma do seqüestro?

É um processo que continuará por muito tempo. Apenas tento seguir adiante e enfrentar meus medos. Mas uma coisa está clara: minha vida é completamente diferente do que era antes do seqüestro. Tradução de Alexandre Moschella’



VENEZUELA
Folha de S. Paulo

‘Governo acusa TVs privadas de ‘golpe midiático’’, copyright Folha de S. Paulo, 3/12/05

‘Diretores de meios de comunicação estatais venezuelanos acusaram emissoras de rádio e TV privadas de arquitetar um ‘golpe midiático’ para as eleições legislativas de amanhã por meio de mensagens ‘conspiratórias’ contra o governo do presidente Hugo Chávez. O canal de TV privado Globovisión negou a acusação e contra-atacou, exigindo a ‘vigilância dos meios públicos’.

‘Há muitíssima preocupação sobre o comportamento de algumas rádios e TVs. Buscam um golpe midiático por meio de um golpe eleitoral’, disse a diretora da estatal Rádio Nacional da Venezuela (RNV), Helena Salcedo. Andrés Izarra, presidente da TV Telesur, pediu o monitoramente ‘do espaço radioelétrico por parte das emissoras de TV e de rádio que preparam uma campanha contra a democracia’.’