Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

No ritmo da popularidade

O carnaval tem lá sua importância, muitas pessoas gostam, além de poder curtir os samba-enredos, de aproveitar o feriado prolongado para alívio, viajar ou até mesmo cair na folia. A festa popular que chama a atenção do mundo tem duração de quatro longos dias. Há quem goste e quem prefira fugir de toda esta agitação, que muitas vezes cansa, tamanha a cobertura e divulgação dada ao evento.

Em todos os meios de comunicação, as notícias do cotidiano quase são excluídas para darem espaço ao ritmo frenético e aos mínimos detalhes que se apresentam nos dias em que as fantasias fazem a alegria de quase toda população. A programação, seja em rádio, TV ou até nos impressos, sofre alterações que encurtam as atrações e publicações que dão ênfase à batucada e aparições muitas vezes sensuais.

Como já conhecido por muitos, a frase de que ‘o ano só começa depois do carnaval’ deve servir para alguns, pois muitos nem sequer conseguem tempo para aliviar a rotina de trabalho. Exemplo disso foi uma reportagem exibida na TV em que foi mostrada a rotina das pessoas que confeccionam as fantasias de carnaval e também das pessoas que montam os carros alegóricos. Eles passam quase o ano todo montando tudo para sair perfeito.

Realidade volta ao normal

Uma das coisas que chamam a atenção no carnaval, e que talvez alguns não percebam, é que as escolas de samba sempre prestam homenagens muitas das vezes relevantes, como foi o caso da Unidos do Tijuca, que homenageou um cineasta brasileiro que muita gente não o conhece por seu nome verdadeiro, José Mojica Marins, mas popularmente e artisticamente por Zé do Caixão. Foi uma homenagem significativa a este talento.

O carnaval agrada uns, desagrada outros, mas a verdade é que todos tiram proveito de uma forma ou de outra deste momento no início do ano. Há os que se entregam de corpo e alma à folia e os que querem mesmo é curtir as mini-férias. Após mais de uma semana ouvindo falar a todo o momento da mais popular festa do Brasil, parece que a realidade cotidiana voltará a ocupar o espaço normal na vida dos cidadãos.

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Jornalista, Taboão da Serra, SP