Vivenciamos tempos em que a submissão da mídia ao dinheiro e sua imparcialidade tornou se uma preocupação crônica. Pergunta-se: será que a mídia, hoje, exibe em seus meios, como a televisão, por exemplo, aquilo que o público-alvo quer ver, ou faz o público-alvo querer ver o que ela quer exibir?
É notório que a ignorância do público espectador o cega diante dos telejornais, páginas de jornal ou revistas. A publicidade usada na mídia é sedutora, sagaz, incute idéias fazendo com que tais características passem despercebidas aos olhos do público. Divulgar tornou-se ‘fazer o desnecessário ser necessário’. O poder de persuasão da mídia, principalmente a televisiva, juntou-se com um forte instinto capitalista, algumas tendências à submissão e à psicologia (por incrível que pareça), para afirmar que tudo que seus patrocinadores, no caso da publicidade, querem vender, é realmente necessário à sobrevivência humana.
Visão exclusiva de marketing
Até certo tempo atrás, sabíamos que poderíamos ficar informados sobre o mundo através de meios de comunicação como a televisão, o rádio ou as revistas, sem quaisquer preocupações, pois o que era dito era fato. Hoje, isso já é raro. Infelizmente, a publicidade, e até o jornalismo, são áreas que se renderam à idealização do dinheiro, do poder, da hierarquia absoluta, e vendem sua ética e imparcialidade em troca disso.
O público necessita, hoje, de um raciocínio rápido e perspicaz para que possa avaliar tudo que lhe é passado como notícia, pois de contrário a ‘notícia’ simplesmente forma em suas mentes a opinião que mais lhe convier e que traga mais e mais capital. Essa é a realidade da mídia atual, mas esperamos que ainda existam os idealistas apaixonados, dispostos a manter o jornalismo, que é uma das áreas afetadas por tal problema, como simples caráter de informação, e não de fazer da mídia um veículo com exclusiva visão de marketing e submissão ao mundo capitalista.
******
Estudante, 17 anos, Horizontina, RS