Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O clima de Natal

Alegria, amor, festa, fé, luzes, papais noéis, presentes… Neste Natal, diante da frágil situação econômica que o mundo está envolto e do modo como as coisas estão arranjadas no nosso país, temos que aguçar nossos sentidos e ainda rever alguns conceitos ultrapassados que insistimos em conservar. É verdade que em várias ocasiões a mídia atemoriza a população, e isso não é de agora, desde o início da redemocratização – quando o cenário inflacionário emergia como o grande vilão das finanças do país, os jornais já cumpriam seu papel de super-alertar o povo e hoje acontece semelhante – o discurso conservador de ‘poupar para prover’ já vem sendo mastigado há muito tempo.

Mas a lógica da economia é outra, cruel e perversa: se não houver consumo por parte da população, ela mesma vai sofrer com o desemprego gerado pelo ‘efeito dominó no círculo espiral’, que evolui derrubando a partir do arco maior até o menor. Por isso, é necessário e prudentemente essencial mantermos a economia aquecida, para nos mantermos resguardados de qualquer má influência do derretimento do mercado americano. Isso não é apenas uma questão de repetir o discurso lulista, mas sim, a maneira de continuar a percorrer a senda do desenvolvimento e crescimento com bases sólidas. O governo está realmente tomando as precauções corretas em relação à oferta de crédito ao consumidor porque, como disse o presidente, ‘se a gente permitir que a economia pare, estamos desgraçados’.

Salvação está dentro de si mesmo

O Brasil é o país do ano em infra-estrutura, segundo a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos. Temos hoje as menores taxas de desemprego da história da nação; manter esse panorama estável é algo imprescindível para os anseios de evolução que queremos para o futuro do país.

Neste Natal, o amor deve ser canalizado ao nosso próximo, às vitimas das enchentes em SC; deixar avarezas e mesquinharias fora da ceia; não precisa economizar nas luzinhas e nem nos enfeites da árvore, Natal no vermelho, só mesmo a roupa de Papai Noel. Para se ter boas-festas e uma comemoração despreocupada, basta um pouco de comedimento e sensatez na hora de escolher e ingerir o prosecco. E para viajar nas férias, o melhor destino é o Brasil, investir em nós mesmos, índole de fraternidade, condescendência; o turismo também é uma forma de mercado que deve ser largamente consumida pela população, sobretudo, internamente.

Por que não buscar conhecer os vários Brasis, este ano? Nada de neve, nem bonecos de neve, tampouco anjos de neve. Com o dólar instável, subindo mais do que diminuindo, torna-se, digamos, mais solidário, aplicar na nossa moeda, nosso dinheiro, que de uma forma ou outra retornará para nós como benefício. O brasileiro comum deve abster-se dessa onda de crise, fugir com destreza da paranóia que a imprensa está criando. Metaforicamente. ‘O intento neste Natal é incorporar o espírito de consumo americano, tendo fé na economia e acreditando que a salvação está dentro de si mesmo.’

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Estudante de Comunicação Social, Remígio, PB