CASO DANIEL DANTAS
Múcio defende lei para punir quem faz escuta clandestina
‘O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, afirmou ontem que que o governo tem enfrentado problemas com escutas clandestinas e defendeu a votação em caráter de urgência de projeto de lei que estabeleça punição para os responsáveis por esse tipo de ação.
‘Tenho a impressão de que meu telefone é uma rádio comunitária’, comparou Múcio, explicando que sabe que outras pessoas podem esta ouvindo suas conversas. ‘É melhor pensar assim, tomar as precauções e exceder na confiança. Hoje existe o grampo oficial, que é requerido pela Justiça, e o grampo clandestino.’
Ele disse que o governo tem se preocupado com essas escutas clandestinas. ‘Isso é um crime, mas ainda não existem sanções para isso’, ressaltou o ministro.
De acordo com Múcio, esse problema está generalizado. ‘Sempre digo isso em tom de brincadeira. Não estou dizendo que meu telefone está grampeado. Mas é preciso agir como se estivesse.’
VARREDURA
A preocupação com o uso de grampo telefônico não está apenas no Poder Executivo – há suspeitas também no Legislativo e no Judiciário. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu determinar uma varredura em seus telefones em busca escutas clandestinas, mas nada foi detectado.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) também alegou que estava sendo monitorado pela Polícia Federal, na Operação Satiagraha. Ele disse que não sabia que estava sendo investigado pela PF. Por conta das escutas feitas pelos agentes, o parlamentar teve direito a acesso ao inquérito da operação e mandou seus advogados processarem o delegado federal Protógenes Queiroz, que coordenou as investigações da Satiagraha, alegando vazamento de informações do inquérito.’
TELEVISÃO
Autor vence round
‘Anteontem, o autor de novelas Benedito Ruy Barbosa obteve sua primeira vitória na batalha judicial que move contra o SBT pela exibição de Pantanal, folhetim que escreveu em 1990, para a extinta TV Manchete.
Em votação unânime, a 4.ª Câmara de Direito Privado de São Paulo julgou procedente o recurso do autor: o SBT terá de apresentar documentos que comprovem o direito da emissora de reexibir a novela. Cabe recurso para o canal de Silvio Santos, que informa que só se manifestará após ser notificado.
Desde o início da reexibição, em 9 de junho, Barbosa tenta na Justiça tirar a novela do ar. Perdeu em 1ª instância e recorreu.
O SBT alega que comprou as fitas VHS da novela da JPO Produções, cujos direitos foram obtidos pela produtora por contrato com a Massa Falida da TV Manchete, celebrado por decisão da 28ª Vara Cível de São Paulo.
Em 2005, ao reprisar Xica da Silva (que escapa da Massa Falida por ter sido produzida sob o selo Bloch, Som & Imagem), o SBT já queria Pantanal. Enquanto acreditou que seria inviável adquirir a produção por meios legais, tentou comprar só o texto. Mas Benedito Ruy Barbosa acabou vendendo os direitos à Globo em 2006.’
Keila Jimenez
Gonçalo pode ser o assassino
‘A Favorita deve desvendar logo alguns dos seus maiores segredos. O assassino de Marcelo será revelado, assim também como a identidade do filho seqüestrado de Donatela (Cláudia Raia). Gonçalo (Mauro Mendonça) é apontado como provável assassino. Ele teria matado Marcelo por acidente, após uma discussão em que descobre que o rapaz é filho de Copola (Tarcísio Meira). Já o filho de Donatella pode ser Halley (Cauã Reymond). Calma, ele e Lara (Mariana Ximenez) não são irmãos. Halley seria fruto de uma pulada de cerca de Donatela.
Entre-linhas
Na chamada sessão Oito e Meia no Cinema, aos domingos, no SBT, os filmes costumam ser exibidos quase às 23 horas. Mas essa é uma tradição da emissora. Alguém se recorda do Jô Onze e Meia? Começava sempre após a meia-noite.
Anteontem, A Favorita, da Globo, marcou, pela terceira vez, 40 pontos de média de audiência, melhor resultado até agora. E o Por Toda a Minha Vida sobre o Chacrinha também rendeu bom índice: 22 pontos.
Pantanal também subiu. Anteontem registrou 16 pontos de média, sua melhor audiência.’
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