Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Onde vamos parar?

Vêm chegando as eleições municipais e com elas um emaranhado de informações jogadas diariamente nas redes sociais que mais confundem do que explicam. O espaço virtual tem se tornado aliado e ao mesmo tempo inimigo dos candidatos e usuários que sofrem com a postagem de ações irrelevantes, brigas veladas entre partidos e muito mais.

Se, por um lado, as mídias sociais são um importante caminho para obter destaque nas eleições, por outro a maior parte das estratégias utilizadas para conseguir a melhor votação tem poucas propostas para melhorar a vida da população e se fixa em denúncias, boatos e armadilhas para que os usuários entrem na onda. Ao abrir o Facebook, ganhamos uma chuva de notícias com erros dos possíveis candidatos que começam a aparecer à tona para uma população que há anos se vê faminta de informações que possam mostrar a real situação em que vivemos.

Guerra particular e manipuladora

A cada nova discussão, notícia ou artigo político que lemos nas mídias sociais, vemos um triste distanciamento entre o interesse particular e o de realmente construir uma sociedade mais justa e igualitária onde todos os cidadãos sejam respeitados. Mais ainda: constatamos o oportunismo de grupos que deveriam atuar a favor da população e esclarecer a sociedade sobre as mazelas políticas, mas trabalham de forma antiética e parcial. É nestas horas que perguntamos: para onde esses grupos vão após as eleições? Onde estavam nos anos que antecederam esse período pré-eleitoral?

Se queremos promover uma mudança no mundo ou na sociedade, temos de começar, nós mesmos, a modificar certas postura, a colocar de lado nossos interesses particulares e pensar que o real desejo de trabalhar pela população vai além de uma eleição conquistada nas urnas. Já está na hora de dar um basta a essa guerra particular e manipuladora da informação. Esse já seria um grande passo para que os grupos políticos mostrem realmente quais são os objetivos e alicerces que norteiam o trabalho que pretendem desenvolver em prol de cada município.

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[Juliana Rocha é jornalista, Nova Lima, MG]