‘A ABTA divulgou nesta terça, 13, a consolidação dos números do setor de TV por assinatura em 2003. A base total de assinantes cresceu 0,8% em relação a 2002, de 3,519 milhões para 3,548 milhões, segundo o levantamento da associação. Segundo o presidente da ABTA, Francisco Valim, o resultado é excelente, considerando-se que foi um ano em que a mídia como um todo encolheu e em que as condições macroeconômicas foram contrárias ao crescimento.
O crescimento no faturamento bruto do setor foi mais significativo, gerado principalmente pelo aumento no valor das assinaturas. O bolo passou de R$ 2,936 bilhões para R$ 3,456 milhões, uma variação positiva de 17,7%, sempre na comparação com 2002.
Outro indicador importante foi o aumento da ordem de 50% dos assinantes de banda larga, que passaram de 135 mil usuários em 2002 para 203 mil em 2003. Segundo Valim, a tendência para 2004 é uma repetição desse crescimento, mantida uma projeção conservadora para o crescimento geral da economia.’
Exame
‘TV paga fatura 17,7% a mais; base de assinantes cresce só 0,8%’, copyright Exame, 13/04/04
‘Apesar de o número de assinantes ter crescido apenas 0,8% em 2003, as empresas de TV paga faturaram 17,7% a mais no ano passado (3,4 bilhões de reais) do que em 2002. Para o presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Francisco Valim, 2003 foi um ‘ano de orgulho para o setor apesar dos períodos de decréscimo (na base de assinantes) e da contribuição negativa da macroeconomia (juros altos, retração da economia e de setores da mídia)’.
No entanto, as empresas não têm do que se orgulhar no que diz respeitoà evolução da base de assinantes. Há dois anos, o setor perdeu clientes que não conseguiu reaver até agora. Em 2001, o setor totalizava 3,6 milhões de usuários. Hoje são 3,5 milhões.
O aumento no faturamento em 2003 se deve a serviços extras oferecidos pelas empresas, como acesso rápido à internet – responsável por 5% da receita total -, e o pay-per-view (compra de programação extra na TV paga, como jogos de futebol e filmes), que gerou 2%. Usar a cobertura da rede de TV por assinatura – que atinge 28 milhões de domicílios – para outros serviços, especialmente para a internet rápida, é a principal estratégia das empresas para aumentar a receita. Apesar disso, apenas de 40% dessa rede está apta para transmitir outros serviços, além dos canais de televisão.
Valim acredita que a indústria da TV por assinatura chegou em um patamar de estabilidade. Em outras palavras, não é esperado um crescimento no número de assinantes. Segundo o presidente da ABTA, o perfil da clientela – 68% da classe A, 23% da B, 7% das C, D, E – deve continuar o mesmo e ações para diminuir o preço dos serviços para captar clientes de baixa renda estão descartadas. ‘Baixar preço é uma das formas mais fáceis de se acabar com a TV por assinatura. O barateamento não garante a adesão da classe C e diminui a receita’, disse ele.
Receita publicitária
O diretor-executivo da associação, Alexandre Annenberg, acrescenta que para captar assinantes de menor poder aquisitivo o setor precisaria investir na produção de uma programação voltada para esses telespectadores, já atendidos pela TV aberta.
A expansão de 2,8% (para 188,3 milhões de reais) da receita com publicidade em 2003 deverá se repetir em 2004. A expectativa da ABTA é fechar o ano com um faturamento publicitário 10% superior ao do ano passado. Segundo o coordenador do Comitê de Marketing Publicitário da associação, Rafael Danni, eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos contribuem significativamente para a aumento de anúncios.
Fusão entre Sky e DirecTV
Depois de afirmar que como presidente da ABTA não pode comentar temas que envolvam associados, como o caso da fusão entre a Sky e a DirecTV, Francisco Valim argumentou que o mercado brasileiro de TV paga possui ampla concorrência. ‘Ao contrário do setor de telefonia fixa (concorrente da TV por assinatura no serviço de banda larga), a TV paga tem muitos players. Posso dizer que 100% dos domicílios no Brasil têm à disposição pelo menos duas ou três operadoras para escolher’, afirmou. Para Valim, se existe algum problema de concorrência no mercado de televisão por assinatura, ele reside no excesso de competidores. O executivo, diretor-geral da Net, não acredita que a fusão entre as duas empresas possa resultar em prejuízos para os outros concorrentes.
Para Paulo Cézar Martins, vice-presidente de Marketing da ABTA e executivo da Via CaboTV, a fusão entre as duas companhias de TV via satélite (DTH – Direct to home) deve ser analisada com cautela somente do ponto de vista da programação. ‘O único condicinante é a respeito de como ficará a programação e se haverá exclusividade’, afirmou o executivo.’
IDG Now!
‘Banda larga via cabo cresceu 50% em 2003’, copyright IDG Now!, 13/04/04
‘De acordo com o Levantamento Setorial de Operadoras de TV por Assinatura, divulgado pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) nesta terça-feira (13/04), o mercado de internet a cabo, via cable modem, teve aumento de 50% na sua base de assinantes.
A pesquisa mostrou que, em 2003, o número de assinantes de internet a cabo chegou em 203 mil, comparado com uma base de 135 mil usuários registrados em 2002.
Considerando dados divulgados em março pela Accenture, com base no levantamento da União Internacional de Telecomunicações (ITU, em inglês), o acesso a cabo representa 18,45% da base de 1,1 milhão de usuários de internet em banda larga no Brasil.
A ABTA afirmou também que a tendência do mercado é de crescimento do setor, em grande parte por causa de produtos de conteúdo, como o pay-per-view, vídeo-on-demand e e-commerce. A pesquisa informou que o faturamento bruto do mercado de TV por assinatura cresceu 17,7% – faturamento total de R$ 3,45 bi em 2003, contra R$ 2,93 bi em 2002.’
REDE TV!
‘Netinho oferece projeto à RedeTV!’, copyright Folha de S. Paulo, 17/04/04
‘Está aberta a temporada de caça de sitcoms na RedeTV! A direção da emissora resolveu abrir espaço para o formato a partir do próximo semestre e já está analisando propostas.
Entre as pessoas que já passaram pelos corredores da emissora está o apresentador da Record Netinho de Paula e a humorista Fafy Siqueira.
Netinho teve uma reunião com a direção da RedeTV! no início do mês para apresentar um formato de sitcom criado por sua produtora.
Trata-se de uma série ambientada em uma escola e voltada ao público infanto-juvenil. A idéia de Netinho era emplacar a atração na programação da RedeTV! O mesmo projeto foi oferecido por Netinho à Record, que não se interessou pelo formato.
Já Fafy apresentou à RedeTV! o piloto de um humorístico comandado por ela.
Na fila também está João Kléber, contratado da emissora, que já apresentou dois projetos diferentes de série.
‘Não temos ainda horário definido, mas é certo que queremos investir em um seriado nacional a partir do próximo semestre’, fala a diretora de Programação da RedeTV!, Mônica Pimentel.
‘Estamos conversando com muita gente e já recebemos alguns projetos bem interessantes’, continua. ‘Um dos autores que está com uma relação bem próxima com a emissora é Ronaldo Ciambrone.’
Uma das vantagens da sitcom é o custo de produção, que é muito mais barato que o de uma novela. Um capítulo de Turma do Gueto, da Record, custa entre R$ 35 mil e R$ 45 mil, enquanto uma novela da Globo custa pelo menos R$ 100 mil por capítulo.
A RedeTV! começou a se interessar por seriados no ano passado, quando realizou uma sitcom de fim de ano reunindo alguns famosos e artistas da casa. O programa, escrito e dirigido pelo apresentador João Kléber, teve baixo custo de produção e obteve boa audiência.
‘Acho que as sitcons podem ser a nossa porta de entrada para a produção de teledramaturgia’, diz Mônica Pimentel. ‘É um jeito de começar devagar.’’