O Pentágono está ampliando suas operações de relações públicas para conter as informações ‘imprecisas’ e editoriais contrários aos EUA e para explorar as ‘novas mídias’ a fim de divulgar suas mensagens no exterior. Eric Ruff, secretário de imprensa do Pentágono, nega que o esforço esteja ligado às eleições americanas ou às pesquisas que indicam que apenas 37% dos americanos acreditam que a guerra no Iraque está indo bem.
A iniciativa tem como objetivo conseguir apoio doméstico à guerra do Iraque e acontece em um momento crítico, antes das eleições intermediárias nas quais a oposição questiona o controle Republicano do Congresso. ‘Estamos querendo ser mais rápidos em responder às notícias imprecisas. E estamos olhando para as novas mídias’, afirma Ruff, sem informar os custos da operação.
A nova unidade incluirá uma equipe para dar respostas rápidas, uma equipe de ‘novas mídias’, e uma equipe especializada em colocar funcionários do Pentágono na pauta de programas televisivos e radiofônicos. Dorrance Smith, secretária-assistente de Defesa para relações públicas, escreveu recentemente um grande número de cartas aos editores pedindo correções de artigos e editoriais.
Esforços para ampliar o uso militar de ‘operações de informação’ no exterior geraram críticas depois que foi revelado no ano passado que uma empresa de relações públicas, a Lincoln Group, estava sendo usada para colocar secretamente matérias pró-EUA na mídia iraquiana. ‘Operações de informação’ é um termo militar usado para descrever propaganda destinada a influenciar a opinião pública no exterior. Nos EUA, entretanto, o serviço de relações públicas do Pentágono deve seguir determinadas leis que impedem o uso de propaganda para americanos. Informações de Jim Mannion [AFP, 30/10/06].