Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Plágio na internet

Tudo bem que a internet é a democracia da informação. Até mesmo porque não tem muito jeito mesmo de conter essa molecada distribuindo livros, músicas e filmes de graça por aí. Para falar a verdade, já encontrei até meus livros na internet, sendo distribuídos num site, e fiquei, para minha própria surpresa, bastante orgulhoso com a coisa. Mas tudo tem um limite.

Recebi, dia desses, do jornalista acreano Altino Machado (ex-repórter dos jornais O Estado de S.Paulo, Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo) uma denúncia de que uma crônica minha havia sido plagiada pelo ‘colunista’ Zé Lezim, criação do radialista Roberto Vaz no site Acre 24 Horas. Fui dar uma espiada no site e me espantei com a cara-de-pau do tal Zé Lezim. Acontece que aquilo nem pode ser considerado plágio. É pura e simplesmente uma cópia. Ele deu um Ctrl+C Ctrl+V numa crônica minha, publicada no jornal Diário de Votuporanga e no site MIXX, tirou o meu nome e colocou dele. Na maior desfaçatez.

Lembranças a guardar

Não vou processar ninguém. Até por que tento, sempre que possível, manter a uma certa distância dos advogados. Mas esse Roberto Vaz, responsável pelo site e, provavelmente, o alter ego de Zé Lezim, deveria procurar alguém que entende de leis. Fosse outro o lesado, o jornalista poderia ser processado e ter sua licença para exercer a profissão devidamente retirada. Coisa que merece, aliás.

Mas não vou me dar ao trabalho. Do episódio vou guardar, apenas, a sensação de que é muito melhor estar sendo copiado por aí, do que estar copiando artigos de colegas de profissão.

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Jornalista, colunista do Diário de Vouporanga (SP), colaborador dos sites Agência Carta Maior, Releituras, Mixx, Webcanal, autor de O Incrível Homem de Quatro Olhos e PAH; www.arturdecarvalho.com.br