O jornalista Mário Watanabe morreu no domingo (7/9) em São Paulo, aos 64 anos. Internado desde 14 de agosto no Hospital Emílio Ribas, com meningite pneumocócica, Watanabe teve uma infecção pulmonar que depois evoluiu para uma infecção generalizada.
Paulista de Marília, Watanabe formou-se em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), mas fez carreira no jornalismo por mais de 30 anos, destacando-se na área de economia. Passou pelas redações de alguns dos principais veículos de comunicação do país, tendo começado no O Estado de S. Paulo.
Watanabe também trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo e na Gazeta Mercantil, onde atuou como editorialista, entre outras funções. Na Abril, teve passagem importante na revista Exame. Lá, editou publicações especiais como o anuário Maiores e Melhores, tarefa perfeita para um profissional rigoroso e detalhista como ele. Watanabe também passou por outras revistas, como IstoÉ e Forbes.
Mais recentemente, o jornalista atuou na edição de publicações do Valor, como os anuários Valor 1.000 e Valor Financeiro. Foi também editor-executivo da revista ValorInveste. Antes de ficar doente, trabalhava na editora Letras & Lucros.
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Casado havia 37 anos com Maria, Watanabe deixa três filhos – a engenheira Taís, a advogada Paula e o radialista Fernando. Segundo Paula, o pai sempre prezou a educação. Dizia que, como não era rico, essa era a grande herança que deixaria a eles, assim como a importância da honestidade.
Watanabe escrevia o blog Luneta, que trazia ‘comentários e indicações de leitura sobre política, economia e outros assuntos’. Assinando os posts como Dom Quixote, ele se definia como ‘jornalista e cultor de generalidades, oficial da Ordem do Cavaleiro da Triste Figura, corintiano desde criancinha’. O último post, ‘De vírgulas e hífens’, foi publicado em 8 de agosto.
Velado no domingo, o enterro de Watanabe estava previsto para às 8 horas de segunda-feira (8/9), no Cemitério Municipal de Barueri.