Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Quatro editores condenados por difamar presidente

Quatro editores de jornais egípcios foram sentenciados a um ano de prisão e multa por difamar o presidente Hosni Mubarak e seu filho e provável sucessor no poder, Gamal Mubarak. Um tribunal no Cairo permitiu, na quinta-feira (13/9), que os jornalistas Ibrahim Eissa, Adel Hammouda, Wael el-Ebrashi e Abdel-Halim Qandil pagassem fiança equivalente a 873 libras cada para aguardar a apelação da sentença em liberdade.


Os jornais privados em que os quatro trabalham se beneficiaram, nos últimos anos, de uma relativa liberdade de imprensa – e agora pagam o preço por isso. ‘O regime está voltando atrás em sua pequena porção de progresso, que foi dar alguma liberdade à imprensa para refletir a opinião pública’, afirmou Hammouda, editor do al-Fajr. ‘Agora as coisas estão retrocedendo. O juiz elogiou o presidente, seu filho e o partido do governo enquanto lia o veredicto’.


Faraó


Já Eissa, editor do diário ad-Dustour e conhecido crítico da família Mubarak, foi acusado separadamente no início da semana por perturbar a paz e prejudicar os interesses econômicos nacionais após publicar rumores sobre a saúde do presidente, afirmando que Mubarak estaria morto ou em coma. ‘Liberdade de imprensa significa liberdade para criticar o presidente. Está na hora do presidente descer do status de faraó para o de ser humano’, afirmou o jornalista. Informações de Ian Black [The Guardian, 14/9/07].