Quem se lembra da edição inaugural do Observatório da Imprensa, em abril de 1996 (abaixo)? O primeiro artigo de Alberto Dines, sobre a ausência de representantes da sociedade civil no então recém-regulamentado Conselho de Comunicação Social (que afinal permaneceria inativo até 2000), mantém espantosa atualidade. Já a aparência… Estávamos nos primórdios da internet gráfica, que se firmara no Brasil um ano antes, e experimentar era obrigatório.
O visual tricolor durou pouco: em outubro já tínhamos uma cara multicolorida (abaixo, à esquerda) – que ficou no ar seis meses. Em 5 de março de 1997 (direita) retornávamos ao fundo branco, que não mais abandonaríamos, com detalhes em cor.
Era ainda uma fase de grande experimentação. A coluna da esquerda aparecia e desaparecia, mudava de cor; o miolo, movimentado, ganhava enfeites, ícones, imagens, inclusive charges reproduzidas de veículos da imprensa. Em 20 de junho ainda de 1997, mudamos de novo (abaixo), mas já se firmavam os primeiros traços que marcariam o jeitão de ser do OI – o ‘chapéu’ em maiúsculas vermelhas, por exemplo, mantido no layout que estreamos hoje.
Em 5/4/98, um exemplo da ‘cara’ que preservaríamos por longo tempo (abaixo): área de manchete e chamadas em destaque, índice em duas colunas – ampliadas para três somente dois anos e meio mais tarde.
A edição de 20/10/98 é marcante nesse período inicial do OI: a fase das manchetes e chamadas sobre desenhos antigos duraria de agosto de 1998 a janeiro de 1999.
Na figura abaixo, a edição de 20/5/2000, com a estréia de Spacca, até hoje nosso ilustrador, numa charge em preto & branco. Para os leitores, um denso período tanto em conteúdo quanto em solução web. O volume de textos que nos chegava era tão grande que criamos um Observatório dentro do outro: a ‘Última Hora’ atualizava a edição quinzenal. O OI só se tornaria oficialmente semanal em 7 de fevereiro de 2001.
Em 22/8/01, edição nº 135, o Índice do OI ganharia quatro colunas (abaixo, à esquerda) – com três atingia absurdas 10 telas em monitor de 15 polegadas, tamanha a quantidade de textos. Nessa fase (e um exemplo típico dela é a edição seguinte, à direita), a charge de Spacca cresce e passeia pela capa; a manchete ganha volume acima das chamadas secundárias.
A capa de 12 de setembro de 2001, sobre os ataques às torres gêmeas de Nova York. Um ano depois, as edições do aniversário do atentado seriam as mais pesadas de baixar da história do OI.
Em 27/11/2002, a edição 200 (abaixo): fase do popup, que durou pouco, para a alegria dos leitores que reclamaram.
A edição nº 300 – de 26/10/04 (abaixo à esquerda): os espaços se definem. A coluna fixada à direita da tela passa a reunir as diversas páginas do site. Cola-se ali a urna eletrônica do OI, que pára de flutuar pela capa. As cartas saem do Índice e se concentram no grande envelope azul e branco do Canal do Leitor.
Em 5/4/05, edição nº 323 (acima à direita), a última versão antes do aniversário: o OI ganharia quatro blogs, a capa seria separada do Índice cada vez mais volumoso. Solução temporária, enquanto preparávamos a reformulação do design para este aniversário – mas os leitores protestaram.
Agora, a torcida é para que reformulação agrade: o novo layout é de navegação muito amigável. Se algo não estiver imediatamente a contento basta um pouquinho de paciência – logo estará, promessa da equipe do OI. Afinal, não é simples reorganizar um acervo tão precioso quanto gigantesco como o que o Observatório da Imprensa armazenou ao longo destes 10 anos. Graças, justamente, ao nosso leitor. [A Redação do OI]