Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Retrospectiva do primeiro ano como ombudsman

Em sua coluna de domingo [24/12/06], Deborah Howell fez uma retrospectiva de seu primeiro ano como ombudsman do Washington Post. Deborah diz ter recebido milhares de elogios e reclamações ao longo de 2006. Segundo ela, a parte mais importante de seu trabalho é lidar com os leitores. De acordo com sua avaliação, a maioria das reclamações foi resolvida de maneira satisfatória. Todos os comentários foram compartilhados com editores e repórteres do Post.

‘O Post tem sorte de ter uma legião de leitores inteligentes, educados em sua maioria, e focados em ver o jornal forte e justo’, diz ela. Dentre os leitores que entraram em contato com a ombudsman estão funcionários do Congresso e do Pentágono, militares, e muitos outros cidadãos que se preocupam com o governo local. ‘Eles escrevem e ligam para elogiar, criticar e apontar erros. Especialistas e acadêmicos adoram procurar por erros factuais; professores de inglês, por erros de gramática; fãs de esporte, por erros em tabelas’, exemplifica.

Relação com o jornal

Sobre a relação dos repórteres com a ombudsman, Deborah informa que, de maneira geral, é bem tratada por eles. ‘É da natureza humana, principalmente em relação a jornalistas, não aceitar tão bem críticas ou reclamações. Mas não conheço ninguém no Post que não se importe profundamente com o bom jornalismo e a vitalidade do diário’, alega. Para a ombudsman, o Post é um jornal de primeira classe, e poucos podem ser comparados a ele. ‘Mas, se fosse perfeito, não precisaria de um ombudsman’, brinca.

Relação com os leitores

Na hierarquia de importância de Deborah, dicas e elogios são sempre bem-vindos, mas ela costuma dar atenção imediata aos erros, acusações de parcialidade e omissões. A partir das informações dos leitores, Deborah conversa com editores e repórteres e faz sua própria pesquisa sobre o tema. As conclusões podem acabar sendo divulgadas em sua coluna ou na carta semanal que é enviada à redação.

Muitos leitores pensam que Deborah pode influenciar nas decisões dos editores ou nas opiniões dos colunistas. ‘Como uma contratada independente, não participo das decisões da redação. Mas faço sugestões freqüentes aos editores e repórteres’, diz.