Seis jornalistas foram presos na última semana no Irã, noticia a Repórteres Sem Fronteiras [18/10/06]. ‘No Irã, qualquer desculpa serve para prevenir que jornalistas se expressem’, acusou a organização em defesa da liberdade de imprensa. ‘Monitorados de perto por serviços de segurança estatais e por líderes religiosos, os veículos de comunicação que não defendem a visão do governo sobre a revolução islâmica são fechados e seus profissionais são presos sem mandado e sem motivo’.
O jornal semanal pró-reforma em língua farsi Safir Dashtestan foi fechado em 16/10 pela publicação de um artigo satirizando o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei. O publisher do jornal, M. Boumand, o editor Hossin Rouin e um assistente editorial foram detidos, e posteriormente soltos sob fiança.
O semanal em curdo Rouji Ha Lat também teve três profissionais detidos, em 12/10, sem nenhuma razão aparente. Não se sabe onde Farhad Aminpour, Reza Alipour e Saman Solimani estão sendo mantidos, e suas famílias não tiveram contato com eles desde a prisão.
Já Hossin Shakery, jornalista do Payam-e-Jonob, em farsi, foi acusado em 14/10 de ‘perturbar a paz’. O tribunal determinou que ele deveria pagar multa de nove mil euros e, como ele não tinha a quantia, teve que passar 48 horas na prisão.