Oikonomia, em grego, oeconomia, do latim, economia, em claro e bom português. Você sabe o que isso significa? E em que isso pode influenciar na sua casa? Não importa a língua, não importa o país, economia sempre foi o bicho-de-sete-cabeças que amedronta a muitos. O medo que vem do desconhecido.
Não é estranho se ouvir por aí que o economista se diferencia, e por isso se destaca, dos demais profissionais porque ele é o único que entende daquilo que fala. Uma espécie de idiossincrasia traduzida em números, porcentagens, estatísticas e cifrões.
Há quem tente ler e entender, há quem se afaste com repulsa, há os que simplesmente ignoram, mas atualmente não se pode negar que é da economia a mão que move o mundo. Se antes das guerras mundiais ou da Guerra Fria o que predominava no noticiário era a política, depois que o capitalismo enterrou o comunismo e o neoliberalismo trouxe ao mundo a disseminação da Era do Consumo, o papel principal passou às mãos da senhora Economia, e a velha política foi rebaixada a coadjuvante, a segundo plano.
Hoje o poder financeiro dita as ordens, e pode mais quem paga mais. Acima das ideologias assenta-se o poder econômico, os muitos cifrões compram ou destroem qualquer oposição. A globalização fez da economia o principal agente de transformação mundial, e a população mais consciente e preocupada com o futuro de seu país, com o seu próprio futuro, corre para os jornais em busca de informações sobre o mercado, o dólar, a bolsa de valores, a economia mundial.
A primeira e a segunda
Esta tem o poder de mudar países, controlar mercados e estabelecer as formas de comércio, elevar pequenos territórios, como o Japão, minúscula ilha se comparada à gigantesca África, mas, no entanto, imensamente mais abastecido e rico, ao patamar das potências mundiais. A economia é a vertente mais importante deste novo milênio e a mais encontrada nos jornais e noticiários, ainda que a grande massa ignore por completo suas artimanhas.
Por isso, a mídia brasileira tem se preocupado – e isso merece louvor – em não só se especializar no assunto econômico, mas em traduzi-lo à linguagem cotidiana, em trazer desse Olimpo onde só perambulam os semideuses do economês, as palavras proféticas que mudam a vida dos mortais aqui de baixo.
É claro que ainda falta melhorar a tradução dessas ‘revelações’ econômicas. Mas observando a cobertura jornalística do país, é possível olhar com otimismo e crer que, num futuro nem tão distante, os brasileiros descobrirão que o bicho-de-sete-cabeças nem tinha tantas cabeças assim. Basta que se leiam os jornais.
Do contrário, ignorando a importância da economia e não buscando a ‘tradução’ que a mídia especializada tem proporcionado nas notícias, continuarão alheios à relevância econômica e aos reflexos que ela causa no mundo. E, se for assim, não restará nada mais aos alienados a não ser a opção que um amigo meu tem adotado sempre que lhe pergunto como o Brasil pode resolver seus problemas no mercado. Ele diz, sem titubear: ‘Para o problema da economia brasileira, preste atenção, só existem duas soluções: a primeira e a segunda’.
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Estudante de Jornalismo em Taubaté, SP