A rede de televisão americana NBC integrou os mercados financeiros dos EUA, Europa e Ásia no Worldwide Exchange, primeiro programa transmitido simultaneamente para os três continentes, com âncoras e equipes interagindo de Nova York, Londres e Cingapura.
Até agora, os pequenos atrasos no tempo de transmissão por satélite impediam diálogos simultâneos freqüentes entre os três centros financeiros. O serviço, lançado na semana passada pelo CNBC, canal a cabo da NBC especializado em negócios, utiliza fibras óticas para eliminar a diferença de tempo e possibilita, pela primeira vez, que os apresentadores falem diretamente e ao mesmo tempo com investidores nos três países. Além disto, durante as duas horas de duração do programa, os âncoras Ross Westgate (Londres), Christine Tan (Cingapura) e Michelle Caruso-Cabrera (Nova York) aparecem com freqüência juntos no vídeo.
‘O mundo já é pequeno. Agora temos a habilidade, tanto técnica quanto editorial, de torná-lo ainda menor. Podemos unir em uma única plataforma os mercados dos EUA, Ásia e Europa’, comemora Mark Hoffman, presidente do CNBC. O programa no novo formato já contou com a participação de Sir Martin Sorrell, CEO do grupo WPP, segundo maior conglomerado de publicidade, marketing e relações públicas do mundo, e Jean-François Decaux, CEO da francesa JC Decaux – um dos três maiores grupos do mundo em mídia externa, que inclui divulgação publicitária em outdoor e busdoor, entre outros meios.
A NBC não divulga o faturamento de seu canal de negócios, mas estima-se que o CNBC lucre US$ 250 milhões ao ano. O presidente da CNBC Europa, Mike Buckley, afirma que os lucros com anunciantes mais que dobraram nos últimos três anos. Para ele, isto se deve ao fato de a audiência ser especificamente interessada em negócios e, portanto, atraente para anunciantes potenciais. Em todos os canais do CNBC, cerca de 750 convidados – na sua grande maioria os melhores do mundo no setor de negócios – participam dos programas a cada ano.
O objetivo do Worldwide Exchange é fornecer, agora, mais análises em tempo real do mundo dos negócios do que apenas números e notícias de última hora. ‘Vamos criar um debate intelectual no ar, sobre grandes assuntos do dia, em vez de ficar apenas com a opinião de uma pessoa’, afirmou Hoffman. O CNBC pretende competir com todos os tipos de mídia: outros canais de televisão, como a Bloomberg, jornais como o Wall Street Journal, revistas e estações de rádio. Informações de Raymond Snoddy [The Independent, 9/1/06].