COPA 2006
Edianez Parente
Mesmo sem Copa, demanda cresce e Record fatura mais, 09/06/2006
‘A Record confirma a tese de que Copa aquece o mercado de toda a TV aberta, mesmo com a Globo sendo a única rede a ter o Mundial da Fifa. A emissora fechou o mês de maio com um faturamento 10% superior a abril. Embora não revele os valores – ventilou-se na imprensa R$ 70 milhões – a rede mantém a meta de faturar este ano 35% a mais do que em 2005 – chegando portanto ao seu primeiro R$ 1 bi.
De acordo com o superintendente comercial da emissora, Walter Zagari, a ocupação do horário nobre da emissora está cerca de 50% acima de um período ‘normal’. Para o executivo, esse aumento é também justificado pelo maior número de televisores ligados. ‘Nessa faixa horária, pelo menos quase 90 % dos domicílios com TV possuem seus aparelhos sintonizados em alguma emissora de televisão’, diz Zagari. Ele destaca o bom momento específico da emissora: ‘Nossos programas estão com 95% de ocupação em patrocínio, breaks comerciais lotados e os programas que permitem merchandising estão com uma demanda extremamente elevada’, conta.
Eleições
‘A avalanche de investimentos em função da Copa é sazonal, e somente se estenderá até o fim do mundial se o Brasil chegar à final. Nessa situação, com o nosso país campeão, acredito que o mercado continuará aquecido por mais um tempo, até o esgotamento total do assunto Copa do Mundo’. Na opinião do superintendente da Record, uma situação adversa, onde o Brasil viesse a ser desclassificado em etapas anteriores ao término do campeonato, certamente essa verba publicitária adicional deverá ter algum tipo de redução, mínima. ‘É somente uma hipótese, espero que isso não aconteça nem de brincadeira’, destaca. Num caso destes, há também outro fator a considerar, lembra Zagari: ‘O ano eleitoral favorece o aquecimento do mercado’.’
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