O jornal “The New York Times” deve atingir o marco de 1 milhão de assinantes digitais nos próximos meses, segundo o presidente do grupo, Mark Thompson, em teleconferência sobre os lucros do jornal na semana passada.
Em 2011, a publicação decidiu estabelecer cotas rígidas para leitores não pagantes e transformou seu modelo de assinaturas on-line em um negócio que rendeu quase US$ 70 milhões no ano passado, crescimento de 13,5% em relação a 2013.
Chamado de “paywall poroso”, oferece ao leitor acesso gratuito a um número limitado de reportagens. Para usufruir de todo o conteúdo digital, é necessário pagar uma assinatura.
O modelo é uma tendência global. No Brasil, a Folha foi o jornal pioneiro no uso do sistema de “paywall” e cobra pelo acesso frequente ao conteúdo desde 2012.
Apesar do avanço do jornal “The New York Times” nas plataformas digitais, as assinaturas e a publicidade do on-line são responsáveis “”por apenas pouco mais de um quinto das vendas totais da edição impressa.
A circulação média em dias de semana é de 625.951 exemplares, cerca de metade do 1,18 milhão vendido diariamente em 1994, no auge do impresso.
Há cinco anos, antes de lançar a cobrança on-line, o “The New York Times” contratou uma empresa de consultoria para estimar quantos leitores estariam dispostos a pagar por suas notícias. A conclusão foi que cerca de 1 milhão de pessoas pagariam entre US$ 15 e US$ 30 mensais (de R$ 45 a R$ 90).
A próxima aposta pode ser o Facebook. Segundo o “Wall Street Journal”, o site está considerando entregar toda a receita publicitária gerada pela publicação de notícias para os veículos, desde que eles publiquem o conteúdo diretamente lá.