Thursday, 14 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

TONY BLAIR

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair fechou acordo com a Random House, maior editora de livros do mundo, para a publicação de suas memórias. Em anúncio na quinta-feira (25/10), a editora, que pertence ao grupo de mídia alemão Bertelsmann, afirmou que o livro será publicado nos EUA e Canadá pela Alfred A. Knopf e no Reino Unido pela Hutchinson, duas de suas unidades. Os valores do negócio e a previsão de lançamento do livro não foram divulgados. Matéria do New York Times especula que o ex-premiê tenha concordado em receber cerca de US$ 9 milhões adiantados.


‘Tony Blair é um dos mais importantes líderes mundiais da era moderna’, definiu Sonny Mehta, presidente e editor-chefe da Knopf. ‘Ele tem uma história fantástica para contar. Seu período como premiê foi marcado por relações próximas com os presidentes Bill Clinton e George W. Bush, e sua notoriedade nos EUA é rara se comparada a outros líderes estrangeiros’, completou.


‘Eu espero que minhas memórias façam uma reflexão séria e cuidadosa, mas também divertida, do meu tempo como membro do Parlamento e como primeiro-ministro’, afirmou Blair, de 54 anos. Ele deixou o governo em junho após 10 anos no cargo de primeiro-ministro, e foi nomeado representante do Quarteto diplomático para o Oriente Médio. O Quarteto é formado pelas Nações Unidas, EUA, Europa e Rússia. A missão do ex-premiê é mobilizar a ajuda internacional para as necessidades dos territórios palestinos.


Inspiração


Curiosamente, o anúncio de acordo sobre as memórias de Blair foi feito na semana de lançamento do livro The Ghost (O Fantasma), de Robert Harris. Publicado pela editora americana Simon & Schuster, o livro conta a história de um ex-primeiro-ministro, chamado Adam Lang, que acaba de deixar o governo depois de ver sua popularidade cair por apoiar a política externa dos EUA. No livro, narrado por um ghost writer do premiê, Lang vende suas memórias a uma editora americana por US$ 10 milhões. Informações da Reuters [25/10/07] e de Motoko Rich [The New York Times, 26/10/07].