Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.
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O Estado de S. Paulo
Quarta-feira, 11 de junho de 2008
CAMPANHA
Ministros desistem de impor regras a sites da internet
‘O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de regulamentar a propaganda eleitoral em sites como Orkut e YouTube. Os ministros concluíram que o julgamento deve ser caso a caso, ao avaliar consulta sobre regras na internet. ‘O direito não tem como dar conta desse espaço’, disse o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto. ‘É um espaço que não nos cabe ocupar. Deixemos os internautas em paz.’
Dois ministros defenderam a regulamentação. Para Marcelo Ribeiro, a falta de normas vai criar ‘uma terra de ninguém’. Ari Pargendler queria proibir esse tipo de propaganda nas eleições.’
ÍNDIOS
TV inglesa queria reality show com tribo isolada
‘Três meses atrás, uma equipe de TV inglesa entrou floresta adentro, na Amazônia peruana, fez contato com uma tribo indígena e propôs uma espécie de ‘reality show’ – filmariam em detalhes a vida diária da tribo, durante um bom período, para produzir uma série. O trabalho já tinha até um título: World?s Lost Tribes (Tribos Perdidas do Mundo). Seria exibido pelo canal Discovery Channel. A idéia não vingou – mas, no contato, algum tipo de vírus dos brancos contagiou os índios e quatro deles morreram.
O episódio, que mereceu breves notas na época, foi divulgado ontem, com mais detalhes, pela escritora Jay Griffiths. Em artigo escrito para o jornal The Guardian, de Londres, ela se diz indignada com as recentes imagens da tribo descoberta no interior do Acre – em que índios assustados apontam suas flechas para um pequeno avião que sobrevoa a tribo. No texto ela condena, quase com fúria, a mania dos brancos de ‘tirar do isolamento’ tribos que chamam de ‘perdidas’ no fundo das florestas.
Estudiosa do assunto, autora de um livro sobre índios, a escritora interpreta a foto: ‘A mensagem não podia ser mais clara: deixem-nos sozinhos’. Mas este é um aviso inútil, prossegue. Atrás dessa imagem virão as ONGs que se atribuem o papel de defender as tribos e imaginam que têm muito a lhes ensinar. ‘Depois, o mercado editorial promove o aventureiro. As igrejas fundam missões. As corporações enviam mineradores e destruidores da floresta. E as companhias de TV enviam suas equipes. Em um mundo honesto, todos deveriam ser acusados de tentativa de assassinato’, diz ela.
?RACISMO’
Para Jay Griffiths, esse processo de invasão mostra ‘que existe ainda um profundo racismo contra os povos indígenas’. Ela deu outro exemplo: ‘Na Amazônia peruana encontrei um missionário evangélico que estava em busca de tribos não contactadas, dizendo que estava amaciando o caminho para funcionários de empresas petrolíferas’, recorda Jay Griffiths. ‘As ligações entre missionários e outras indústrias extrativistas são bem documentadas’, ironizou. Avisou que não é contra ‘antropólogos e ativistas, e mesmo jornalistas, que sabem tratar o assunto com respeito’.
A Cicada Films, que mandou a equipe de TV ao Peru, negou enfaticamente que sua equipe tenha invadido áreas proibidas.
Alega que seus funcionários já encontraram, no local, índios doentes. Representantes dos índios, no entanto, sustentam que, autorizados a visitarem uma tribo conhecida, os funcionários da Cicada a acharam muito aculturada e foram, sem autorização, mais para o fundo da floresta.’
INTERNET
Banda larga móvel avança rápido no País
‘Levantamento da consultoria IDC mostra que a participação da internet móvel no mercado brasileiro, em termos relativos, já ultrapassa os índices de países mais desenvolvidos. Enquanto no País os acessos pela rede móvel representam 9% do total de 8,1 milhões de usuários de banda larga, o porcentual nos Estados Unidos é de 6%.’
FUTEBOL
TVs censuram violência nos jogos
‘Quem vê os jogos da Eurocopa pela TV tem a impressão de que o evento não passa de uma grande festa, sem conflitos e com o foco exclusivo no futebol. Mas a realidade é que a Uefa, informalmente, pediu às emissoras européias que evitem mostrar nas arquibancadas eventuais conflitos ou mesmo torcidas com comportamento hostil.
A censura em relação às imagens dos estádios não é uma obrigação que todas as emissores devem seguir e a Uefa admite que não tem como controlá-las. Mas a entidade reconhece que a difusão de imagens de perturbações poderia gerar violência entre as torcidas nas cidades, principalmente nas ruas onde grupos opostos são obrigados a assistir juntas às partidas em telões.
Em pelo menos dois jogos, o comportamento da torcida foi banido das imagens. No jogo entre Polônia e Alemanha, as torcidas passaram toda a partida se ofendendo e se provocando. Nada disso passou nas imagens da Uefa. Cerca de 200 torcedores acabaram presos após o jogo.
Já na partida entre Áustria e Croácia, em Viena, a torcida do time visitante não escondeu sua hostilidade. Mais uma vez, as televisões ignoraram os fatos ocorridos.
Já em campo, foi um telão que promoveu um verdadeiro debate no jogo entre Holanda e Itália. No primeiro gol holandês, os italianos se viraram para o telão do estádio de Berna para acompanhar a repetição do lance, que acabou mostrando que o atacante Van Nistelrooy estava em posição de impedimento.
Ao ver o telão, os jogadores partiram para cima do árbitro, que acabou dando cartão amarelo para Luca Toni. A Holanda acabou marcando mais dois gols.’
PEQUIM 2008
China vai controlar a televisão
‘Emissoras de TV do mundo todo, que pagaram milhões de dólares pelos direitos de transmissão da Olimpíada de Pequim, enfrentam restrições inéditas para sua atuação durante os Jogos. As restrições refletem a preocupação do governo chinês de controlar a movimentação de jornalistas e câmeras de TV que farão a cobertura do evento.
O maior problema atinge as transmissões ao vivo, fundamentais na estratégia das emissoras. As autoridades chinesas querem saber com antecedência de onde as redes farão suas entradas em cada um dos 16 dias de Olimpíada.
Os representantes das TVs argumentam que é impossível apresentar planejamento desse tipo em uma cobertura jornalística. As entradas ao vivo são importantes justamente por darem agilidade à cobertura e permitirem que os jornalistas reportem dos locais onde fatos relevantes ocorrerem.
Apenas para realização desse trabalho haverá em Pequim cerca de 3 mil caminhões equipados com links para conexão com satélites. As emissoras já pagaram milhares de dólares pelo aluguel dos equipamentos, mas ainda não receberam do governo a garantia de que terão as freqüências necessárias para as transmissões, segundo relatou ao Estado um executivo envolvido nas negociações.
De acordo com profissionais que organizaram coberturas de outras Olimpíadas, esse tipo de exigência nunca ocorreu antes. Nos Jogos de Atenas, em 2004, as emissoras tinham de pedir autorização prévia apenas para realizar transmissões em algum monumento histórico. Havia liberdade para usar os caminhões com links de qualquer outro lugar.
As autoridades chinesas também querem saber onde as redes vão utilizar câmeras e microfones sem fio, que dão mais mobilidade às equipes. O argumento dos representantes das TVs é o mesmo utilizado em relação aos caminhões: não dá para saber com antecedência tudo o que vai ocorrer durante a Olimpíada. Em Atenas, as emissoras informavam apenas quantos equipamentos desse tipo iriam utilizar, sem precisar especificar os locais.
Outro assunto que continua indefinido, a menos de dois meses da Olimpíada, é se haverá ou não transmissões ao vivo da Praça Tiananmen, um dos principais símbolos de Pequim. Quando começaram a se preparar para a cobertura, há dois anos, as TVs receberam a informação de que poderiam fazer entradas ao vivo do local. Mas as autoridades chinesas mudaram de idéia depois das manifestações realizadas durante o trajeto mundial da Tocha Olímpica e dos protestos ocorridos no Tibete em março, os mais violentos contra a presença chinesa na região em duas décadas.
O governo chinês teme ser alvo de demonstrações dentro de seu próprio país e, mais ainda, que elas sejam veiculadas em todo o mundo pelas câmeras de TV.
As emissoras brasileiras que compraram direitos de transmissão da Olimpíada de Pequim são Globo, Bandeirantes, SportTV e ESPN/Brasil. A Globo terá dois caminhões com link e a Bandeirantes, um.
INCONFORMISMO
As restrições impostas pela China foram discutidas no dia 29 de maio entre representantes das emissoras, do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador da Olimpíada de Pequim. Na ata da reunião obtida pela agência de notícias Associated Press, o representante do COI, Gilbert Felli, reclama com veemência das limitações.
‘Eu penso que o que nós escutamos aqui é um número de condições e exigências que simplesmente não são exeqüíveis??, afirmou Felli, de acordo com a AP. ‘Há um número de coisas que simplesmente não são viáveis.??
O representante do Comitê Organizador da Olimpíada de Pequim no encontro, Sun Weijia, pediu que as queixas fossem apresentadas por escrito, o que provocou reação de Manolo Romero, diretor do Beijing Olympic Broadcast (BOB), a empresa contratada pelo COI para prestar serviços às emissoras. ‘Quantas vezes nós vamos ter que fazer isso???, perguntou, segundo a ata.
O Comitê Organizador informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria se manifestar sobre o assunto.’
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Burocracia não preocupa TVs
‘Os profissionais que serão destacados pelas TVs brasileiras para fazer a cobertura da Olimpíada de Pequim não se assustam com o excesso de burocracia do governo chinês, mas vão embarcar para a Ásia desconfiados com o caráter político que as restrições ao seu trabalho possam apresentar.
Editores e produtores experientes estão acostumados a conviver com proibições em grandes eventos esportivos. O primeiro motivo é que o esporte deixou de ser apenas um entretenimento para se tornar um negócio que envolve, como no caso da Olimpíada, bilhões de dólares.
O outro é a política, cada vez mais intrometida no esporte. Se na China fazer matérias na Praça Celestial parece ser o grande desafio a ser superado, outras sedes dos Jogos, também tiveram seus ‘locais’ proibidos. Em 1996, em Atlanta, as televisões não puderam mais se aproximar do local onde uma bomba explodiu durante os Jogos. Na Austrália, em 2000, a Harbour Bridge não pôde ser filmada, pois os organizadores tinham medo de ataques terroristas. Mas nada se compara a Los Angeles/1984, quando uma TV gravou o treinamento da festa de abertura dos Jogos, sem saber que os norte-americanos não haviam autorizado que o mundo visse o homem vestido de astronauta aterrissasse no gramado do estádio vindo dos céus.
A gravação acabou sendo apreendida pelo exército dos Estados Unidos minutos antes de ir ao ar e o diretor da emissora foi temporariamente preso.’
O MAGO
Paulo Coelho faz filme com os leitores
‘O escritor Paulo Coelho oficializou ontem um acordo com o portal MySpace para a realização de seu primeiro filme, A Bruxa Experimental. Baseado em seu romance A Bruxa de Portobello, o filme vai contar com 15 vídeos e 16 músicas criados pelos leitores. Para isso, o próprio Coelho vai selecionar os trabalhos, que poderão ser inscritos no endereço www.myspace.com/paulocoelho. Cada vídeo de curta duração terá de ser inspirado nos 15 principais personagens do romance. As inscrições começam na segunda-feira e valerão até 25 de julho. E os vencedores serão anunciados no dia do aniversário de Coelho, 24 de agosto.’
TELEVISÃO
De quem é Pantanal?
‘O SBT começará a comercializar nos próximos dias os breaks da novela Pantanal. A emissora estreou anteontem, em clima de suspense, o sucesso da extinta Manchete, o que culminará em mais uma briga entre a rede de Silvio Santos e a Globo.
Explicando: a líder comprou em 2006 os direitos de texto de Pantanal do autor da trama, Benedito Ruy Barbosa. Silvio Santos afirma ter comprado a produção da JPO Produções, que teria adquirido os direitos da obra por contrato com a Massa Falida da TV Manchete em decisão judicial.
Uma novela, dois donos? Chuva de liminares à vista. A Globo, por meio de sua assessoria, diz que está consultando seu departamento Jurídico para tomar providências.
Enquanto isso, o SBT trata de oferecer ao mercado inserções comerciais em Pantanal. Para se ter uma idéia, 30 segundos no intervalo comercial no horário, com Hebe, custam em média R$ 95 mil. E olha que há anunciantes interessados na confusão. Afinal, a briga deve render mais audiência ao folhetim, que em sua estréia-’surpresa’, e sem breaks, registrou média de 7 pontos de ibope, 4 a mais do que a média normal da rede no horário.’
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‘Favela’ da Globo é citada na Record
‘Na semana passada, na trama Os Mutantes, da Record, o personagem Pachola (André Mattos) dizia que tinha nascido na favela fictícia de Duas Caras, novela da Globo. ‘Nasci na Portela, ai que saudade da minha Portelinha.’ Procurado pelo Estado, o autor de Os Mutantes, Tiago Santiago argumenta que só quis homenagear Aguinaldo Silva. Fontes ligadas a Santiago dizem que ele queria ter citado Juvenal Antena também, mas a direção da Record teria vetado. Santiago nega, e diz que a ‘homenagem’ é por Aguinaldo ter falado dos mutantes em Duas Caras.’
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Folha de S. Paulo
Quarta-feira, 11 de junho de 2008
TODA MÍDIA
De pernas para o ar
‘A Agência Internacional de Energia deu alguma esperança, ontem no site do ‘Wall Street Journal’, com a previsão de demanda mundial um pouco menor do petróleo. Mas nem a boa notícia foi completa, pois a oferta não deve crescer e, portanto, não se sabe ao certo para onde vai o preço do petróleo. O quadro segue ‘topsy-turvy’, de pernas para o ar, no dizer da manchete on-line do ‘WSJ’. Ontem na manchete do ‘Financial Times’ de papel, o presidente do banco central americano indicou alta de juros por conta da pressão da alta do petróleo sobre a inflação.
Ontem também, em destaque no site do ‘FT’, a Gazprom, a gigante russa do petróleo, lançou a previsão de barril a US$ 250, no ano que vem.
DOS POSTOS ÀS URNAS
A gasolina invadiu a agenda eleitoral nos EUA, com o site Politico postando, com base no Gallup, que o alto preço já afeta John McCain -que é identificado à Casa Branca, responsabilizada pela crise. Antes dos US$ 4 por galão, em março 94% já diziam que a crise de energia é ‘séria’ .
Por enquanto, a resposta de McCain foi acusar Barack Obama de ser ‘ruim para os negócios’ por apoiar mais imposto sobre as petroleiras, denunciadas por democratas como ‘especuladoras’.
EXCEÇÃO BRASILEIRA
O preço do combustível, diz a Reuters, já causa protestos de rua na Índia e até na China. Os caminhoneiros espanhóis estão em greve e devem ter a adesão dos sul-coreanos.
Já a AFP dá a reportagem ‘A exceção do Brasil: sem alta de preços, graças ao corte nos impostos’. A agência francesa avalia que a ‘estratégia’, que é ajudada paralelamente pela valorização do real frente ao dólar, ‘deixou os motoristas brasileiros despreocupados da dor do preço que se sente nos outros lugares’.
CANA OU GUERRA
Também o célebre âncora Bill O’Reilly, da Fox News, anda assustado. Dizendo que ‘nós todos estamos em perigo’ com os ‘4 bucks’ da gasolina, o jornalista pró-republicano exigiu que o Congresso acabe com a tarifa sobre etanol do Brasil para evitar a sombra de uma ‘guerra mundial’
A PETROBRAS INVESTE
O presidente da Petrobras escolheu Nova York para anunciar, em meio à alta do petróleo, que vai contratar não só equipamento para prospecção, como divulgou antes, mas navios-tanques etc. O tamanho do negócio vai ‘afetar a capacidade’ global de fornecimento no setor.
Por outro lado, em dia de avaliações negativas sobre o futuro dos preços, acresceu a sua, de que vão seguir altos. Ecoou nos sites de ‘WSJ’, ‘Forbes’, a Bloomberg.
A VALE COMPRA
No ‘Financial Times’ e por agências, a notícia de que a Vale pretende levantar US$ 15 bilhões para ‘expansão e aquisições’. Segundo o ‘FT’, ‘rumores’ cercam a gigante brasileira, sobre uma suposta compra da Anglo-American, mas o jornal sublinha que o anúncio resultou em salto nas ações de duas empresas dos EUA, a Alcoa (alumínio) e a Freeport (cobre e ouro).
Por outro lado, as ações da Vale caíram e levaram aqui à derrubada da Bovespa.
O QUE AMEAÇA
O crescimento do país no início do ano foi a manchete dos sites e telejornais brasileiros e avançou, no exterior, por Market Watch e até a BBC original. Ao contrário do que se lia e ouvia por aqui, com ataques ao gasto público, por lá a maior ameaça ao crescimento, nos destaques, era a retomada na alta dos juros pelo Banco Central.
ÁRVORES E BANCOS
O ‘WSJ’ entrou ontem, ele também, na controvérsia sobre a compra de terras da Amazônia. Em reportagem, defendeu o sueco Johan Eliasch das ‘acusações de alguns políticos brasileiros’ e diz que ele ‘quer preservar’.
Cita outros interessados no Brasil, como o holandês Rabobank, mas concentra a atenção no britânico Canopy Capital, com plano financeiro na Guiana, cujo presidente andou oferecendo a floresta do país pelo mundo.’
TELES
Planalto prepara manobra na Anatel
‘Diante do receio de ser acusado de repetir o estilo adotado na Anac, o governo pode lançar mão de uma manobra regimental para superar o impasse existente hoje na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que está atrasando a aprovação oficial da fusão entre as companhias telefônicas Brasil Telecom e Oi.
A estratégia é indicar um conselheiro substituto, que não precisa ser aprovado pelo Senado, para desempatar o caso na agência. Isso seria feito na hipótese de os diretores que hoje impõem restrições ao negócio não mudarem de posição nos próximos dias.
A Anatel está dividida em relação à operação. Apesar de seus quatro conselheiros serem favoráveis à fusão, dois deles -Pedro Jaime Ziller e Plinio de Aguiar Júnior- defendem que sejam criadas empresas separadas para gerir a telefonia fixa e a banda larga. Já o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, e o conselheiro Antônio Domingos Bedran apóiam a fusão das duas companhias sob o argumento de que há uma tendência mundial de convergência de tecnologias.
Como um dos cinco cargos no conselho diretor da agência está vago, só com a mudança de um dos votos é possível passar pela primeira fase do processo -aprovar a proposta para consulta pública pelo período de 30 dias. Depois, em 15 dias, o conselho diretor se reúne para aprovar o texto final, que passa pelo conselho consultivo da agência e segue para o Ministério das Comunicações.
Por último, cabe ao presidente Lula baixar um decreto mudando o Plano Geral de Outorgas, que hoje proíbe uma companhia telefônica de comprar outra fora de sua região. Em outras palavras, impede a fusão das duas empresas, já fechada entre elas com o apoio e estímulo do próprio governo Lula.
O presidente, por sinal, não precisa seguir a proposta que for aprovada pela Anatel. Só precisa aguardar todo o processo dentro da agência, antes de tomar sua decisão. Isso é usado pelos governistas para dizer que os casos da Varig e das telefônicas são diferentes.
Mesmo assim, o governo vinha tentando mudar os votos de Pedro Jaime e Plinio Aguiar, só que eles estavam irredutíveis. Ex-sindicalistas, teriam uma preocupação com o possível corte de empregos por conta da fusão e avaliam que a separação das empresas por serviço poderia evitar esse risco.
Depois da crise detonada pelas ex-diretora da Anac Denise Abreu, que acusou a ministra Dilma Rousseff de fazer pressões para aprovar a venda da Varig, o governo decidiu evitar o caminho da pressão explícita sobre os diretores.
Ontem, o diretor Pedro Jaime disse que ainda não definiu totalmente seu voto e que isso pode ocorrer na reunião de amanhã da Anatel. Ele não quis comentar se estaria sendo pressionado a mudar o voto, mas disse que ‘pressão é normal em tudo na vida, mas na agência votamos livremente’.
A proposta de indicação de um conselheiro substituto será feita pelo ministro Hélio Costa (Comunicações) ao presidente Lula, caso fique inviabilizada a aprovação de um nome definitivo, que precisa passar pelo Senado, antes do recesso parlamentar de julho.
A indicação de um conselheiro substituto está prevista no regimento da Anatel e já ocorreu no passado. A agência encaminha ao presidente da República uma lista tríplice, que define uma seqüência de sua preferência. O primeiro assume pelo período de 60 dias, até que seja aprovado pelo Senado o diretor definitivo. Se isso não correr nesse prazo, o segundo da lista assume e assim sucessivamente.
Em novembro, nova vaga será aberta. Termina o mandato de Pedro Jaime. Dentro do governo, chegou a ser cogitado negociar com ele a renovação de seu período pela mudança de seu voto. Ele nega.’
TELEMARKETING
Escritor das entrelinhas
‘JÚNIOR BARRETO queria virar escritor por uma única razão: relatar sua vivência no mundo do telemarketing. Nem precisaria sair da cadeira para realizar sua investigação. Havia nove anos estava metido, quase todos os dias, num call-center. ‘Testemunhei humilhações cotidianas’, conta.
Filho de migrantes cearenses, Júnior veio com três anos para São Paulo, onde, ainda adolescente, foi vendedor de banca de jornal e contínuo. Aos 18 anos, conseguiu seu primeiro emprego em um call-center. ‘É um dos poucos lugares que aceitam jovens com pouca experiência.’
Por isso, muitos, segundo ele, se submetem a humilhações como só poder ir ao banheiro a cada seis horas ou ter de colocar em sua mesa, como punição, a escultura de uma tartaruga. Incomodava-o ver como os operadores davam informações mecanicamente, sem entender direito o que liam, obrigados a seguir o ‘script’. ‘Quem não seguia o ‘script’ era advertido.’
Viver de telemarketing, no entanto, era o que lhe garantia pagar a mensalidade da faculdade de jornalismo, onde preparava seu livro.
Não teve a menor dificuldade para escolher o tema de seu TCC (trabalho de conclusão de curso), cujo título é ‘Linha de frente – Os bastidores do telemarketing’. A rotina do operador, obrigado a falar sobre empresas ou produtos que não conhece, é um massacre psicológico. ‘Há tantas regras para seguir, que um indivíduo fica descaracterizado. Você não é mais você, tudo é uma representação. Existe um segundo eu, uma sombra contínua.’
À medida que escrevia seu livro-reportagem, Júnior foi percebendo que, além do jornalismo, resvalava a psicologia -escrever servia de válvula de escape.
‘Colocar tudo no papel, relembrar as histórias, era como se eu estivesse numa terapia. Sentia como se estivesse recobrando integralmente minha identidade.’
Diante do computador, só havia uma ordem a dele próprio. ‘Agora, quem mandava no ‘script’ era apenas eu.’
A ‘terapia jornalística’ foi longe -sabia que, depois de contar sua história, não teria mais condições psicológicas de voltar para qualquer call-center. Apresentado o TCC, no final do ano passado, ele decidiu pedir uma licença do emprego para se dedicar à publicação do livro.
Conseguiu, por enquanto, fazer um único exemplar artesanal, graças à ajuda de amigos que trabalham num sindicato. Nem sabe se conseguirá fazer mais cópias nem se conseguirá virar repórter. Ainda não conseguiu escapar do anonimato que viveu no call-center, mas pelo menos já tem uma história para contar. É bem mais do que apenas um ‘script’ para repetir.
PS- Coloquei em meu site (www.dimenstein.com.br) trechos do livro de Júnior Barreto.’
PUBLICIDADE
Para agências, comercial de bebida deve ser auto-regulado
‘Um mês após o governo federal retirar o pedido de urgência do projeto que restringe, das 6h às 21h, a propaganda de bebida alcoólica no rádio e na TV, entidades ligadas ao setor defenderam ontem a auto-regulamentação da publicidade na Câmara.
‘A regulação da publicidade não só é aceitável, é fundamental, e entendemos isso há 30 anos. A única coisa que queremos é que seja discutida democraticamente dentro do instrumento que já existe para regular a publicidade, e que a gente evite a censura’, disse Dalton Pastore, presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade).
Para Gilberto Leifert, presidente do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), a ‘propaganda não faz mal à saúde, faz mal é não saber consumir’. ‘Não conheço medidas recentes implantadas que aumentem o controle do Estado sobre o acesso dos menores e de motoristas [a bebidas]’, afirmou.
Guilherme Canela, da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), foi um dos poucos críticos. Segundo ele, ‘o grande segredo é casar três coisas: auto-regulamentação pelo setor afetado, regulação governamental sempre que preciso e co-regulação da sociedade civil e dos interesses organizados que vão além da indústria’.
Indústrias de cerveja, emissoras e agências fizeram forte lobby contra o projeto que tramita no Congresso.’
JOÃO ASSIS MEIRA FILHO (1922-2008)
Brasília tinha uma voz que a viu nascer
‘A voz que cravou a inauguração da moderna Brasília no imaginário dos brasileiros -ao menos os que acreditavam no país do futuro de Juscelino Kubitschek, em 1960 -, era de seu locutor oficial, João Assis Meira Filho; homem decidido, que deixou Taperoá (PB) para fazer a América no Cerrado.
Da infância sofrida falava pouco, tampouco dos tempos de curso de jornalismo no Rio. Sua história começava ao chegar no que hoje é Brasília, em 1958, e conquistar espaço fiel no espectro nacional do rádio, na Rádio Nacional AM que ajudara a fundar. Era sua a voz sintonizada nas manhãs secas da nova capital desde 1959 -15 anos de ‘serviços sociais’ no ‘Programa do Meira’; mais de 30 na emissora onde foi locutor de ‘A Voz do Brasil’.
‘Foi como radialista que foi eleito senador’, diz o enteado -e o primeiro senador do Distrito Federal, em 1987. Não teve outro cargo político, nem antes nem depois. Só o rádio, ao qual pretendia voltar um dia. Não voltou.
Contentava-se com o conserto delicado dos seis rádios à pilha que colecionava; o modelo antigo de mesa que ascendia quando ligava; e as horas gastas com programas de notícias. Não gostava de televisão. ‘Até hoje não apareceu nada que tenha suplantado o rádio’, disse.
Morreu domingo de aneurisma cerebral, aos 85. Deixou cinco filhos, 12 netos, dois bisnetos e pedaços de papel onde anotava ‘pensamentos e inspirações’ -alguns, diz o enteado, ‘a gente ainda vê sobre a mesa’.’
TELEVISÃO
Globo faz novas séries e retoma ‘Normais’
‘A cúpula da Globo está tentando dar uma mexida na programação da emissora, cuja audiência vem caindo. Encomendou vários novos programas a autores e diretores. Alguns deles são para a grade que colocará no ar no segundo semestre e estão sendo levados à toque de caixa e em caráter sigiloso.
Pela primeira vez nos últimos anos, a Globo mudou o processo de criação interna. Antes, a emissora promovia um encontro anual em que autores e diretores apresentavam suas criações. Agora, é a própria cúpula que faz a encomenda, de acordo com aquilo que julga melhor para cada horário.
Entre os novos projetos para o segundo semestre estão um programa estrelado por Cláudia Jimenez e outro por Letícia Spiller. Com o nome provisório de ‘Nada Fofa’, o projeto que envolve Spiller tem a assinatura dos roteiristas Alexandre Machado e Fernanda Young, de ‘Os Normais’. Por sua vez, o diretor de ‘Os Normais’, José Alvarenga Jr., desenvolve em sigilo um seriado com roteiristas baseados em São Paulo: Marçal Aquino e Fernando Bonassi. Está em gestação também um seriado adolescente.
Já ‘Os Normais’ deverá ter uma nova e última temporada no segundo semestre de 2009. A Globo encomendou a Alvarenga, que rodará em janeiro o segundo longa-metragem, que produza material extra. A idéia é exibir quatro episódios logo após o filme sair nos cinemas.
DESOBEDIÊNCIA O SBT ignorou a portaria que disciplina a classificação indicativa ao exibir o primeiro capítulo da desnuda ‘Pantanal’ sem selo informativo da idade adequada para seu conteúdo. Corre o risco de ser acionado pelo Ministério Público.
OUTRO LADO O SBT diz que houve erro técnico. A emissora autoclassificou a novela como inadequada para menores de 14 anos (21h), mas o Ministério da Justiça tende a enquadrá-la às 22h.
ANTICOMUNICAÇÃO Foi um fiasco a estratégia do SBT de esconder do telespectador e mentir a jornalistas sobre a exibição de ‘Pantanal’. A produção da Manchete deu 6,9 pontos, um retorno melancólico para uma obra que tanto incomodou a Globo 18 anos atrás.
ESTÁGIO Amilcare Dallevo, presidente da Rede TV!, deu uma de repórter no ‘Rede TV! News’ de anteontem. Apresentou os novos iPhones. Expert em tecnologia, ele estuda jornalismo.
DOR E OMISSÃO Durante transmissão da Eurocopa, pela Record, o comentarista e jogador Eduardo Silva soltou um ‘austriano’. O torneio ainda não ameaça a Globo no Ibope. Anteontem, Itália x Holanda deu dez pontos, contra 15 da líder. Mas a Globo tem ignorado a Eurocopa.
SUFOCO Foi uma crise alérgica que fez Zileide Silva se perder na apresentação do ‘Jornal Hoje’ de sábado. Usuária de lentes, não conseguia ler com os olhos marejados. Mas conseguiu tirar e limpar as lentes no ar.’
Cristina Fibe
GNT homenageia santo casamenteiro
‘Para os devotos de santo Antônio (não são poucos, principalmente às vésperas do Dia dos Namorados), o GNT estréia amanhã, às 21h, documentário que procura contar a história do religioso português que nasceu Fernando, no século 12.
De família rica, o jovem trocou seu nome e abdicou de suas posses após se encantar com a doutrina franciscana. Defendeu as mulheres pobres e camponesas quando as autoridades de Pádua, na Itália, determinaram que só aquelas que tivessem dotes poderiam se casar.
Santo Antônio intercedeu, e os governantes da cidade em que morou e morreu mudaram de idéia, para a sorte das noivas sem dinheiro. Daí a fama de casamenteiro e pai dos pobres.
‘Brasil de Todos os Santos’, dirigido por Vinicius Barbosa e Eric Menezes, conta a trajetória do santo ‘das causas e das coisas perdidas’, ouve famosos e anônimos sobre sua devoção e sobre a importância da santidade ‘incorporada à cultura brasileira’, nas palavras do ministro Gilberto Gil.
O documentário comenta ainda as simpatias para conquistar suas graças, como colocá-lo de cabeça para baixo em um copo d’água ou no fundo de um freezer. Enquanto as mulheres se gabam de ter feito coisa ou outra para laçar um amor, entrevistados reclamam da ‘sacanagem’ que é afogar ou congelar Antônio.
BRASIL DE TODOS OS SANTOS – STO. ANTÔNIO
Quando: estréia amanhã, às 21h
Onde: no GNT’
LIVROS
Paulo Coelho lança seu próximo romance pela Agir
‘A editora Agir confirmou ontem que vai lançar o próximo romance do escritor Paulo Coelho. A trama de ‘O Vencedor Está Só’ se desenrola ao longo das 24 horas de um dia no Festival de Cannes e envolve cinco assassinatos em série, que têm o mundo da moda como pano de fundo. O novo livro sairá na primeira semana de agosto, com uma tiragem inicial de 200 mil exemplares.
Segundo Pascoal Soto, diretor da Planeta, a obra de Coelho permanece no braço brasileiro da editora espanhola, que lançou em 2006 ‘A Bruxa de Portobello’, último romance do ‘mago’. Anteriormente, os livros de Coelho eram lançados pela editora Rocco.
‘O Vencedor Está Só’ sairá no exterior apenas em 2009. Em maio deste ano, os originais do novo romance de Coelho foram arrematados por 243 mil (cerca de R$ 617 mil) em leilão beneficente promovido pela atriz Sharon Stone, em Cannes. O livro é considerado a mais longa obra do autor, com 101 mil palavras -contra 76 mil de ‘O Zahir’, a maior até então.
Erros na biografia
O jornalista Fernando Morais, autor de ‘O Mago’, confirmou ontem erro cometido na biografia de Coelho. Na página 565, em que fala da eleição do escritor para a Academia Brasileira de Letras, ele havia escrito: ‘Mais um ano e seria a vez de o próprio Celso Lafer ocupar a cadeira de Alberto Venâncio’. Na verdade, Lafer foi eleito na vaga deixada por Miguel Reale, e Venâncio está vivo.
Segundo a Planeta, o erro aparece na metade da tiragem inicial de ‘O Mago’ -portanto cerca de 50 mil cópias.
‘Foi um erro grave, de foca [jornalista iniciante]. Só o estresse explica, mas não justifica. O site da ABL tem uma lista de seus membros, cadeira por cadeira’, diz Morais, que enviou um exemplar corrigido para Venâncio, na ABL.
O livro tem outro pequeno erro factual: na página 556, Morais se refere à jornalista Bia Abramo, colunista da Folha, como ‘astróloga’, numa evidente confusão com o nome da colunista de astrologia do jornal, Barbara Abramo. Pascoal Soto afirmou que vai providenciar uma correção.
Queima de provas
Fernando Morais recebeu anteontem a primeira reação de Coelho à biografia: um buquê de flores com um bilhete em que o escritor agradece a ele pela ‘seriedade do trabalho’. Coelho conclui a nota pedindo a Morais que devolva o baú com seus diários, registrados ao longo de 40 anos em cadernos e fitas cassetes. ‘Mandarei queimar as provas’, escreveu.’
‘Mago’ faz filme ‘colaborativo’ com MySpace
‘Paulo Coelho anunciou ontem que vai transformar seu último romance, ‘A Bruxa de Portobello’ (2006), em um longa-metragem ‘colaborativo’, feito por meio do site de relacionamento MySpace. O anúncio foi feito em entrevista coletiva internacional, por telefone.
A produção será tocada com o conceito de ‘mash-up’, uma compilação de até 15 vídeos e 16 canções para a trilha sonora. Internautas de 20 países, do Brasil à Finlândia, poderão inscrever seus trabalhos entre 16 de junho e 25 de julho, na página www.myspace.com/paulocoelho. Os vídeos devem ser feitos em inglês, português, francês ou espanhol. Em outra língua, devem conter legendas.
Os vencedores serão divulgados no dia 24 de agosto, quando Coelho completa 60 anos.
‘Sempre relutei em deixar que meus livros fossem transformados em filmes porque achava que as histórias deveriam ser criadas na cabeça dos leitores. Mas, justamente por isso, pensei: ‘Por que não chamar os próprios leitores para fazer este filme?’, disse Coelho, que, antes de iniciar a parceria com o MySpace, já havia conseguido 5.000 inscrições por meio de seu blog.
Os vencedores receberão 1.100 (cerca de R$ 2,8 mil) por cada canção selecionada, e 3.000 (mais de R$ 7,6 mil), por vídeo. Cada um dos filmes deve se referir a um dos 15 personagens que compõem a trama do romance. Um júri formado por um produtor, um diretor e um roteirista vai escolher os vencedores. No corte final, ‘A Bruxa Experimental’ -nome que o autor está dando ao filme- terá 52 minutos de duração. Os direitos de exibição já estão sendo negociados com emissores de televisão.
‘A Bruxa de Portobello’ conta, em depoimentos, a história de Athena, órfã que se torna bem-sucedida funcionária de banco em Londres, vendedora de terrenos em Dubai e, por fim, a sacerdotisa de Portobello Road, famosa rua no bairro de Notting Hill, em Londres.’
CINEMA
‘Sex and the City’ estréia no país com melhor média por cópia
‘O filme que dá seqüência à série ‘Sex and the City’ levou 171.785 espectadores aos cinemas brasileiros em seu fim de semana de estréia (de sexta, dia 6, até domingo).
Com 165 cópias espalhadas pelo país, o filme conseguiu a melhor média de espectadores por fita (1.041), mas ficou em terceiro no ranking que compara o número total de espectadores, publicado pelo site Filme B.
‘As Crônicas de Nárnia -Príncipe Caspian’, lançado no Brasil com 477 cópias, ficou em primeiro, com 299.081 espectadores; ‘Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal’, com 500 cópias, ficou em segundo, visto por 236.545 pessoas.
Nos Estados Unidos, ‘Sex and the City – O Filme’ desbancou ‘Indiana Jones’ em seu fim de semana de estréia, o último de maio. Com arrecadação de US$ 55,7 mi, ficou em primeiro lugar nas bilheterias americanas, superando as expectativas. O orçamento estimado do filme é de US$ 65 mi.
Em sua segunda semana em cartaz, no entanto, sua arrecadação caiu 63%, e o filme ficou em quarto lugar, atrás de ‘Indiana’ (terceiro), de ‘O Agente Bom de Corte’ (com Adam Sandler), em segundo, e da animação ‘Kung Fu Panda’, que estreou em primeiro, com US$ 60 mi.’
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