Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Uma luta pela educação de qualidade

Vi no site Caros Ouvintes que, em entrevistas com prefeitos do Rio Grande do Sul sobre prioridades de reivindicação ao novo governo do Brasil, a Educação aparece em quarto lugar, o que prova que nem os governantes nem o povo, infelizmente, verificaram que os grandes problemas de nosso país estão relacionados a um processo educacional falho que prova nosso atraso em termos de desenvolvimento e avanço tecnológico.

Hoje em dia temos verificado que nossa educação está falha em processos de degradação, em termos de repetência, evasão, resultados pífios nas avaliações internacionais e mazelas que poderiam ser resolvidas se houvesse compromisso político firme de nossos governantes para resolução da situação, o que denota que a resolução de problemas sociais de nosso povo é sempre colocada em terceiro plano por parte dos gestores do poder. Vivemos uma época de intensa necessidade de educação universal e de qualidade, pois os países que têm desempenho econômico em termos mundiais sempre tratam a educação como prioridade e garantem investimentos firmes nesta pasta. O que vemos no Brasil é uma situação de grande desprezo em todos os sentidos e um ocultamento da realidade por grande parte da mídia, que prefere empurrar a sujeira para debaixo do tapete.

A educação deveria ser uma luta de todos, mas não é, pois o povo brasileiro prefere o caminho mais fácil para as coisas no momento em que fura filas, faz gato na energia, prefere produtos piratas, manda os idosos pagar suas contas, utiliza os filhos para ganhar o Bolsa Família e faz de tudo no famoso ‘jeitinho brasileiro’. Como poderíamos sair de tal situação ? O que fazer para mudar ? Que tipo de sociedade queremos?

Será que nosso povo realmente quer isso?

Basta verificar que o sentido da crítica em educação não tem espaços na mídia e que a maioria do que se publica tem pouca repercussão (vide comentários). Desse modo, a situação da educação do Brasil vai, sim, de mal a pior e não adianta mostrar números que mostram a evolução, pois ainda somos uma nação de educação completamente falha e temos um povo desmobilizado para a mudança. Não podemos cruzar os braços ou, como a letra da canção de Raul, esperar a morte chegar. A missão é árdua, mas o resgate da educação passa por investimentos maiores na figura do professor, devolução da auto-estima, tanto de educadores como de alunos, e centralização de um processo de responsabilidade familiar pela educação de seus filhos.

Não podemos negar que há uma crise na educação brasileira, pois sabemos que estamos aquém das metas do milênio, não cumprimos quase nada do Plano Nacional de Educação anterior e investimos mal na educação. O que fazer? Não adianta criar planos mirabolantes se não investirmos em tecnologia e não mudarmos o caráter da escola. Grandes educadores do Brasil, como Cláudio Moura e Castro, Gabriel Perissé, Rubem Alves, Celso Antunes, Cristovam Buarque, Gabriel Chalita e outros poderiam ser convidados para elaborarem projetos para uma educação de qualidade, mas também é preciso ouvir a voz dos professores e das famílias sobre o papel do educar e o sentido da educação. A solução não está na simples teoria, mas na prática efetiva da mudança, ou será que não querem mudar?

Veja aqui como está o quadro da educação do Brasil nestes relatos que estão na mídia todos os dias e que precisam de uma avaliação para mudar realmente. Será que nosso povo realmente quer isso?

Veja aqui a situação da educação brasileira. Vamos fazer alguma coisa ou cruzar os braços?

** Quando a educação não é prioridade

** Desigualdade na educação é calcanhar de Aquiles no Brasil

** Brasil entre os piores do rankign de ensino

** Educação em ritmo lento

** Morte dos professores

Exemplos como estes provam, sim, que há um caos na educação brasileiro, ou não existe?

Responda você mesmo, ou enterre a cabeça na areia…

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Vice-presidente da Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará, Fortaleza, CE