A organização Repórteres Sem Fronteiras [11/10/06] condenou as ameaças de morte enviadas por e-mail para o jornalista uruguaio Alfonso Lessa por uma pessoa que se intitula um ‘soldado em serviço ativo’. Lessa trabalha como freelancer para o diário El País, em Montevideo, e para a emissora de TV Canal 12, e é um reconhecido especialista em assuntos ligados à ditadura militar. ‘Não é coincidência que estas ameaças se seguiram às primeiras condenações de militares e policiais por violações de direitos humanos durante os piores anos da ditadura. Este é um assunto perigoso’, afirmou a ONG. Em uma das mensagens, Lessa – que já escreveu alguns livros sobre o período ditatorial de 1973 a 85 – é acusado de mentir ao afirmar que oficiais de patentes mais baixas queriam que seus superiores que cometeram crimes contra a humanidade fossem levados a julgamento para que a pressão sobre o passado das forças armadas fosse afrouxada. A Associação de Imprensa Uruguaia, que revelou a existência das ameaças ao jornalista, afirmou que elas vêm de ‘militares nostálgicos da ditadura’.
Clérigos alertam para os perigos do horóscopo
Clérigos muçulmanos sauditas alertaram a mídia árabe sobre a publicação de horóscopos nos jornais. As previsões diárias dos signos são proibidas pelos religiosos, mas imensamente populares na região. ‘Isso é astrologia, que é proibida e considerada uma forma de magia’, declarou um comitê de clérigos em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal SPA. Os jornais locais respeitam a restrição islâmica, mas publicações sediadas em Londres, como o Asharq al-Awsat e o al-Hayat, passaram a estampar os horóscopos em suas páginas há alguns anos. ‘Muitos sauditas não sabem sua data de nascimento pelo calendário cristão, então não ligam para horóscopos. Mas a nova geração é obcecada por eles’, afirmou o editor de um popular diário saudita que não quis se identificar. Informações da Reuters [8/10/06].