O Wall Street Journal informou no domingo (4/11) que seu sítio atingiu a marca de um milhão de assinantes – notícia que vem após Rupert Murdoch, novo proprietário da Dow Jones, ter expressado planos de tornar o acesso ao sítio gratuito e manter a versão online financiada por anúncios, em vez de assinaturas.
Nos últimos meses, diversas empresas de comunicação têm seguido a tendência de disponibilizar seu conteúdo gratuitamente na rede. Em setembro, o New York Times cancelou o TimesSelect, serviço que cobrava por conteúdo premium, e o britânico Financial Times anunciou que disponibilizaria 30 artigos gratuitamente por mês em seu sítio. O novo dado sobre o WSJ comprova, entretanto, que é possível cobrar pelo acesso a notícias e continuar a ter bom tráfego.
Combinadas, a circulação da versão impressa do WSJ e a audiência da online caíram 1,5% (para 2,01 milhões) entre março e setembro deste ano, comparado ao mesmo período de 2006. Avaliadas separadamente, a tiragem impressa caiu 2,9% (para 1,66 milhão), enquanto as assinaturas online subiram – e continuam a subir. No terceiro trimestre deste ano, a Dow Jones informou que o número de assinaturas pagas cresceu 25,5% (para 989 mil), em parte devido a uma promoção para novos assinantes receberem ambas as edições impressas e online. A gratuidade do acesso do sítio ainda não está confirmada.
WSJ terá novo publisher
Outra especulação envolvendo o WSJ refere-se ao novo publisher. No ano que vem, Murdoch planeja nomear Robert Thomson para o cargo. Thomson foi chefe do escritório do jornal britânico Financial Times nos EUA por quatro anos, aumentando sua tiragem de 32 mil para mais de 123 mil, além de ser editor do diário em Londres desde 2002. A compra da Dow Jones pela News Corporation, de Murdoch, só será finalizada em dezembro. Informações de Robert MacMillan [Reuters, 5/11/07].