Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

YouTube tenta proibir promoção da violência

O popular sítio de compartilhamento de vídeos YouTube decidiu proibir clipes que ‘incitem à violência’. A decisão foi tomada meses depois de uma declaração do senador americano Joseph I. Lieberman de que o sítio dava muita abertura para que grupos terroristas disseminassem sua propaganda. No início do ano, o Google, que comprou o YouTube em 2006, ainda chegou a remover alguns vídeos apontados por Lieberman, muitos com o logotipo da al-Qaeda e de grupos aliados a ela. Outros clipes listados pelo senador não foram retirados, pois, segundo o YouTube, não violavam nenhuma regra imposta pelo sítio.


‘O YouTube revisa suas diretrizes com relação ao conteúdo algumas vezes por ano’, afirmou o porta-voz do sítio, Ricardo Reyes, para justificar a mudança de atitude. ‘O senador fez observações importantes’. Em declaração, Lieberman – que em maio divulgou um relatório do Comitê de Segurança Nacional do Senado descrevendo como a al-Qaeda usa a mídia online para se promover – disse que o YouTube estava sendo usado por organizações terroristas islâmicas para recrutar e treinar seguidores pela internet e para incitar ataques terroristas em todo o mundo. ‘Eu espero que estas diretrizes mais rígidas ajudem a diminuir o número de vídeos produzidos pela al-Qaeda e similares no YouTube’, afirmou o político americano.


Como o volume de vídeos postados no YouTube é muito grande, chegando a centenas de milhares de clipes por dia, o sítio muitas vezes depende da ajuda dos internautas, que podem marcar vídeos que considerem inapropriados. Com esta nova regra para ampliar a proibição a clipes que incitem a violência, os casos serão examinados um a um, com base no ‘bom senso’. Informações de Peter Whoriskey [Washington Post, 12/9/08].