O crescimento no uso de smartphones e tablets ajuda jornais a manter a circulação estável. No ano passado foram 4,3 milhões de exemplares, segundo o IVC, Instituto Verificador de Circulação, que ontem trocou o “Circulação” por “Comunicação” em seu nome.
Ao longo do ano passado, a versões eletrônicas dos jornais ganharam espaço das edições impressas, passando a representar 11,4% da circulação total. Em 2013, a fatia era menos da metade disso.
Também impulsionados pelos formatos digitais, o número de assinantes de jornais apresentou alta de 7,5% em 2014, chegando a 2,4 milhões. A venda de edições avulsas caiu em proporção semelhante, 7,6%, para 2 milhões.
Nos sites das publicações, os dispositivos móveis (celulares e tablets) representaram mais de um terço dos acessos feitos em 2014 – o restante vem dos PCs. Enquanto os tablets tiveram um desempenho singelo (passaram de 3% para 4% do total), os smartphones tiveram forte crescimento.
Com a popularização das telas grandes e munidos de tecnologias 3G e 4G, os celulares responderam por mais de 25% dos acessos a notícias on-line. Para Pedro Silva, presidente do IVC, até o fim do ano a fatia chegará a 50%.
De acordo com Silva, é difícil prever o desempenho do setor de jornais em 2015 por se tratar de um ano complicado para a economia. Ele disse acreditar, no entanto, que o avanço dos dispositivos móveis continuará forte.
Para as revistas, o ano de 2014 trouxe resultados em direções opostas, segundo o IVC. Em termos gerais, a circulação teve um queda acentuada, passando de um patamar próximo a 300 milhões em 2013, para 250 milhões no ano passado. O indicador positivo foi o crescimento do meio digital, que passou a representar 5% do total.
******
Gustavo Brigatto, do Valor Econômico