Os gastos com publicidade móvel nos Estados Unidos saltaram 76%, para US$ 12,5 bilhões no ano passado, ultrapassando os anúncios tradicionais nos sites, e passando a ser o segundo maior formato de publicidade on-line, de acordo com um relatório do Interactive Advertising Bureau e da firma de consultoria PwC.
Os gastos [com publicidade] via celulares agora totalizam um quarto do total das receitas de propaganda na internet, acima dos 17% em 2013. No total, os gastos com publicidade on-line cresceram 16%, atingindo US$ 49,5 bilhões em 2014 e diminuindo a distância em relação à televisão.
“Os profissionais de marketing reconhecem que os consumidores estão usando primordialmente a mídia móvel, e estão investindo seus dólares em anúncios em função disso”, disse Randall Rothenberg, presidente do IAB.
A maior parte dos orçamentos publicitários nos EUA continua direcionada à TV, mas os anúncios da web se aproximam. As receitas publicitárias combinadas em TV aberta e por assinatura somaram US$ 65,7 bilhões em 2014, abaixo dos US$ 74,5 bilhões em 2013.
“A mídia digital ficou tão grande que, se você está procurando transferir dólares [para ela], tem de considerar [tirar da] televisão”, disse Vincent LeTang, diretor mundial de pesquisas sobre tendências na Interpublic Magna Global.
A enxurrada de dinheiro canalizada para anúncios via celulares aumenta à medida que os smartphones tomaram o lugar dos computadores de mesa como principal fonte onde os americanos consomem mídia digital.
Os americanos adultos passaram mais tempo usando dispositivos móveis do que PCs pela primeira vez em 2014, segundo a firma de pesquisas eMarketer. A diferença deverá ampliar-se este ano.
Os gastos com publicidade em mídias sociais chegaram a US$ 7 bilhões no ano passado (alta de 57%). Em vídeos o avanço foi de 17%, para US$ 3,3 bilhões. A publicidade associada a buscas na internet manteve a maior parte das receitas, em US$ 19 bilhões, ou 38%.
O crescimento do tempo gasto com dispositivos móveis e um novo conjunto de serviços de vídeo on-line estão começando a transformar o mercado de TV.
Os consumidores americanos agora preferem consumir ‘streaming’ de conteúdo de vídeo a assistir TV ao vivo, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte.
***
Shannon Bond, do Financial Times