Para os americanos, era o “Paris Herald”. Para os franceses, “Le New York”. Seu nome completo era “New York Herald Tribune”, um jornal em inglês publicado na França desde o fim do século XIX que se tornara leitura quase obrigatória dos expatriados e turistas dos Estados Unidos e de uma elite europeia. Estava associado a um jornal novaiorquino do mesmo nome. Se, como dizia Hemingway – acho que foi ele –, que os americanos bons, quando morrem, vão a Paris, lá poderiam encontrar um jornal feito para eles.
Nas décadas de 1950 e 60, nos Champs Elysées e em outros bulevares de Paris, jovens americanas, escandinavas, alemãs, inglesas – poucas francesas-, em sua maioria estudantes na Sorbonne, as “Golden Girls”, vestindo apertadas camisetas amarelas com o logotipo do jornal, apregovam: “Get your ‘New York Herald’ here”.
Houve mal-entendidos. Um francês baixo e franzino ficou deslumbrado com uma alta e bela vendedora norueguesa chamada Dagmar e tentou ser galante: “Mademoiselle, vous avez les balcons merveilleux”. Ela o pôs para nocaute. Outra garota tornou-se modelo de Christian Dior. O jornal e as Golden Girls ficaram famosos mundialmente quando, em 1960, Jean-Luc Godard, em seu primeiro filme longa, “À Bout de Souffle” (“Acossado”, no Brasil), colocou a atriz Jean Seberg dentro de uma camiseta amarela vendendo o diário nos Champs Elysées e contracenando com Jean-Paul Belmondo.
O “Herald Tribune” passou a ser impresso também fora da França, mas continuou a ser editado em Paris. Em 1967, mudou o nome para “International Herald Tribune”. Desde 2003, seu único proprietário é “The New York Times”.
Na terça-feira (15/10), o “International Herald Tribune” (IHT), o jornal mais global do mundo, vai desaparecer, apesar de ser rentável. Será substituído pelo “International New York Times”. A mudança, a quarta em sua história, vai muito além de uma troca de nomes. Ao acabar com um título de extraordinário prestígio e uma longa tradição de mais de 125 anos, a empresa quer concentrar seus recursos e esforços num único produto, o “Times”. Nos últimos tempos, vendeu todos seus outros ativos, como a participação num time de beisebol, no Discovery Channel, o “Boston Globe” e uma cadeia de jornais locais. Agora, depois de consolidar-se nos Estados Unidos como um jornal nacional, o “Times” pretende firmar-se no exterior como a única marca global da empresa, alavancada, principalmente, pela internet.
Problemas do pós-guerra
O “IHT” foi o último episódio de uma estranha aventura que começou em 1887, quando James Gordon Bennett Jr. lançou em Paris uma edição do “The New York Herald”, jornal que seu pai, James Gordon Bennett Sr., fundara em 1835. Era extremamente noticioso, empregou Mark Twain como repórter no Oeste dos Estados Unidos e chegou a ter 63 correspondentes durante a guerra civil americana; cobria em detalhes a informação financeira. Era, também, extremamente agressivo e o jornal que mais e melhor informava sobre escândalos. Em alguns anos, superou todos os concorrentes em circulação e em algumas décadas era considerado o diário mais rico do mundo. Bennett sênior era temido, odiado e, com frequência, agredido fisicamente. Sua mulher, de “família respeitável”, não suportando o ambiente carregado de Nova York, foi morar em Paris com os filhos.
Bennett Jr. estudou no Collège de France. Voltou aos Estados Unidos e foi preparado para assumir a direção do jornal. Era alto, esportista, com charme cosmopolita. Excelente navegador, venceu a primeira regata transatlântica de iates e foi o membro mais jovem do New York Yacht Club, onde foi eleito “comodoro”, título honorário que usaria durante toda a vida. Possuía vários iates. Organizou o primeiro jogo de polo nos Estados Unidos e a primeira competição de balões, que ainda existe. Além de barcos, gostava de cavalos e de mulheres. Era mimado, “precocemente dissoluto”, arrogante, sem controle, caprichoso, frequentemente bêbado.
Quando se dedicava ao jornal, Bennett Jr. costumava ter boas ideias e investia dinheiro na busca da informação. Orientava o chefe da redação: “Nunca economize dinheiro ou espaço, se a notícia o justificar. Quando houver um fato importante, quero que o “Herald” tenha o relato mais completo e melhor escrito.” Queria também um jornal com iniciativa, dinâmico e inteligentemente condensado.
Incumbiu o jornalista Henry Morton Stanley de procurar o missionário escocês David Livingston no coração da selva africana. Financiou uma expedição ao Polo Norte. O “Herald” foi o jornal que melhor cobriu o massacre das tropas do general Custer pelos índios em Little Bighorn, em 1876. Seu correspondente transmitiu pelo telégrafo 50 mil palavras em 24 horas, com um custo de US$ 3 mil (US$ 66,3 mil atuais). Tinha a melhor informação internacional.
Mas podia ser arbitrário em suas decisões. “Quero que vocês lembrem que sou o único leitor deste jornal. O único a ser agradado. Se eu quiser que fique de ponta cabeça, deverá ficar de ponta cabeça. Quero um artigo especial por dia. Se eu disser que tem que ser sobre abelhas pretas, vai ser sobre abelhas pretas.” De vez em quando, fazia demissões em massa, promovia e contratava arbitrariamente. Depois de pedir e receber uma lista dos “indispensáveis”, ordenou ao chefe da redação: “Demita todos. Não quero ninguém indispensável trabalhando para mim”. Dizia que podia ter todos os talentos de que precisasse por US$ 25 semanais. Podia, também, ser extremamente generoso. Com frequência, seu procedimento errático e seus rompantes eram ignorados pelos subordinados e rapidamente esquecidos. Não era raro os demitidos continuarem trabalhando.
Aos 34 anos, numa festa dos pais de sua noiva, “jovem, bela e rica”, Bennett Jr., bêbado, escandalizou os convidados quando, premido pela natureza, decidiu urinar na lareira – ou, segundo outra versão, no piano de cauda. Foi expulso e a noiva desmanchou o noivado. Alguns dias depois, o ex-futuro cunhado o chicoteou na porta do Union Club. Marginalizado pela alta sociedade, decidiu voltar a Paris, a cidade de sua infância e juventude, desde onde orientava o “Herald”, ainda extraordinariamente rentável. Voltava aos Estados Unidos uma vez por ano. Tinha casas em Nova York, Newport, Paris, Versalhes, Riviera e Escócia, além dos iates. Só se casaria aos 73 anos, com a viúva do barão George de Reuter, filho do fundador da agência de notícias.
Em outubro de 1887, decidiu publicar em Paris uma edição do “New York Herald”, um dos seus caprichos. Era um jornal de quatro páginas, feito por um punhado de jornalistas mal pagos e por gráficos franceses que compunham os textos sem entender nada de inglês. Publicava ampla informação exclusiva, internacional e dos Estados Unidos, fornecida pelos correspondentes do “Herald” de Nova York, e uma ampla variedade de notícias e serviços que pudessem interessar a uma elite de turistas e residentes americanos na Europa, além de uma boa dose de desastres e escândalos sobre a burguesia francesa e europeia, e muito esporte. Orientava o leitor sobre restaurantes, hotéis, resorts, spas, espetáculos, museus, artes, costumes. Foi o primeiro jornal da Europa a utilizar linotipos para composição do texto e um dos primeiros com novas técnicas de gravação. Como os telegramas, de e para Nova York, eram muito caros, decidiu, com um sócio, instalar sua própria companhia telegráfica. Bennett Jr. teve a coragem de defender o oficial de artilharia Alfred Dreyfus quando de sua condenação por alta traição.
Já existiam dois jornais escritos em inglês em Paris e outros seriam publicados depois, mas o “Herald” superou todos eles e se transformou num êxito relativo. Com circulação de uns 12 mil exemplares, às vezes chegando aos 25 mil, conseguiu prestígio e influência, mas arrastou, durante várias décadas, um déficit anual de US$ 100 mil.
Influenciado pelos hábitos náuticos, o “comodoro”, como gostava de ser chamado, Bennet Jr. tinha especial interesse por informações sobre o tempo, que transferiu para o jornal. “Levem em conta” – dizia – “que o tempo é mais importante que a política, os eventos sociais, o teatro, os esportes ou qualquer outro assunto.” Diariamente, eram publicadas detalhadas notícias sobre meteorologia. Uma ilustração com dois termômetros, lado a lado, dava a temperatura em graus centígrados e Fahrenheit.
Numa véspera de Natal, o jornal publicou carta de uma leitora que dizia estar ansiosa por saber como converter a temperatura de graus centígrados para Fahrenheit e vice-versa. Era assinada por “Old Philadelphia Lady”. A partir desse dia, a carta da velhinha da Filadélfia, por determinação de Bennett Jr. – talvez o autor – seria publicada abrindo a seção de cartas dos leitores durante 19 anos e 6.718 edições consecutivas, num gesto de excentricidade que aumentou o prestígio e o caráter diferenciado do jornal.
Os hobbies de Bennett Jr. eram tema de reportagens. Estimulou novos esportes, como o ciclismo, o automobilismo, as regatas de navios e as corridas de aviões. De uma delas participou Santos Dumont, “o herói da ‘teoria do mais pesado que o ar’”, segundo o “Herald”. Um de seus repórteres seria o primeiro jornalista a voar num avião com os irmãos Wright; outro repórter ficou maravilhado com as pesquisas de Marconi, e Bennett Jr. financiou seus primeiros experimentos e fez várias encomendas.
O jornal desenvolveu na época um charme extraordinário, o que atraiu um público cosmopolita, sofisticado e muito afluente. Era lido na corte do czar da Rússia e no Vaticano. Para surpresa e descrença da imprensa francesa, não aceitava subsídios nem “matéria paga”. Perdia dinheiro, mas era uma das distrações de seu dono.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando, ante o avanço das tropas alemãs, o governo francês se retirou para Bordeaux, Bennett decidiu que o “Herald” continuaria em Paris. O jornal pagou os salários dos empregados franceses alistados no Exército. Circulou com quatro e depois duas páginas, a primeira em inglês, a segunda em francês. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra e a chegada das tropas americanas, a circulação deu um salto em 1918 e 1919, chegando a surpreendentes 350 mil cópias.
Mas Bennett Jr. não veria esse momento. Morreu em maio de 1918. Em Paris há uma avenida com seu nome mas, aparentemente, não foi dedicada a ele, mas a seu pai, que nunca esteve em Paris. Diz a placa: “Avenue Gordon Bennett, 1795 -1872, journaliste americain”.
Sem herdeiros, seus jornais foram vendidos. O “Herald” de Nova York não conseguira enfrentar a agressiva concorrência do “New York World” de Joseph Pulitzer e do “Journal-American” de William Randolph Hearst, e perdeu a liderança em circulação. O comprador foi Frank Munsey, conhecido pelo tino comercial e jornais sensacionalistas. Em Paris, com a saída dos soldados americanos e os problemas do pós-guerra, a circulação caíra para apenas 10 mil cópias e enfrentava a concorrência de outros três jornais em língua inglesa. Munsey vendeu os dois “Herald” à família Reid, conservadora e republicana, dona do “The New York Tribune”. Os dois jornais foram fundidos, para formar o “New York Herald Tribune”.
Impressão descentralizada
A etapa de prosperidade da última metade dos anos 1920 refletiu-se no jornal. A colônia americana em Paris aumentou, assim como o número de turistas à procura do Deux Magots, do Café de la Paix e, principalmente, do Harry’s New York Bar. Em 1929, a circulação chegava a 39 mil exemplares. A orientação era marcadamente conservadora. Aplaudiu a chegada de Mussolini e comemorou a condenação à morte dos anarquistas Sacco e Vanzetti nos Estados Unidos. Nas artes, teve pouca sensibilidade para o movimento modernista em Paris, praticamente ignorando artistas como Picasso, Juan Gris, Braque, De Chirico, Léger, Stravinsky. O jornal dos escritores americanos da Rive Gauche, como Hemingway, John Dos Passos, T. S. Eliot, Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Ezra Pound, não foi o “Herald”; eles escreviam principalmente para a edição de Paris do “Chicago Tribune”, que nos Estados Unidos era arquiconservador.
Mas uma coleção de colunistas irreverentes atraía leitores para o “Herald”. O mais famoso foi a colorida figura de William Robertson, conhecido como “Sparrow” (pardal), cronista de esportes, que batia ponto no Harry’s Bar; baixinho, alegre, chamava todo mundo de “meu velho chapa”. Ninguém o viu pagar uma bebida e só conhecia uma palavra de francês: “ici”. Sua coluna, pouco gramatical e inimiga das vírgulas, era muito lida. Eugene O’Neill não começava o dia sem ela e dizia que “Sparrow” era “o melhor escritor do mundo”.
A depressão dos anos 1930 afetou as finanças e a linha editorial do jornal. A circulação desabou. Para conseguir publicidade oficial, elogiou o fascismo e o nazismo, chegando a defender a necessidade de um partido fascista nos Estados Unidos. Mudou nas vésperas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), reconhecendo publicamente seu erro. Derrotada a França em 1940, o jornal deixou de ser publicado, só reaparecendo em 1944, com a entrada das forças aliadas em Paris. Na primeira edição, encabeçando a seção de cartas, a velhinha da Filadélfia consultava de novo os leitores sobre o tempo.
O jornal do pós-guerra foi eclético nas informações, nas opiniões e nas cartas dos leitores. O editor da revista britânica “The Economist” disse que era leitura indispensável, com a melhor cobertura de notícias da Europa. Era também atraente e divertido, sem perder o sabor parisiense. As informações, compactadas e bem editadas, eram fornecidas por agências e pelo “Herald Tribune” de Nova York. Mas, de novo, foram os colunistas a fazer a diferença. O mais conhecido, e certamente o mais engraçado e bem- sucedido, foi Art Buchwald. Para a revista “L’Express”, ele era “mi-Hamlet, mi-Falstaff”, “le Comte Artois de Buchwald, une institution Franco-Americaine”. Sua coluna explicando o Dia de Ação de Graças aos franceses foi repetida anos após ano. Os mais estranhos e improváveis personagens passaram pela redação. Vladimir Nabokov começava assim suas frequentes cartas à redação: “Querido jornal, eu gosto muito de você, mas…”
Quando a família Reid cansou de perder dinheiro, o “Herald Tribune” de Nova York e Paris foi comprado por John Hay Whitney, um republicano liberal multimilionário, embaixador na Inglaterra, que lhe deu uma orientação moderada.
“A batalha dos bulevares” começou quando “The New York Times” lançou uma edição europeia. Chegou a incomodar seriamente, mas não superou a circulação do “Herald”. Nos Estados Unidos, nem o dinheiro de Whitney foi suficiente para encarar o prejuízo, e a edição de Nova York foi fechada. O jornal de Paris foi mantido com a entrada do “The Washington Post” na sociedade. A briga dos jornais terminou quando o “Times” fechou a edição na Europa e se tornou acionista do “Herald Tribune”, ao lado do “Post” e de Whitney. Em 1967, o jornal passou a chamar-se “International Herald Tribune”. Art Buchwald comentou que, quando você terminava de dizer o nome já tinha perdido o avião. Mas poucos correram esse perigo; era mais conhecido como “Trib” ou “IHT”.
Com a fusão, a circulação disparou para 120 mil cópias por dia, 100 mil fora da França. Já não era mais um jornal para turistas e expatriados. Era “o primeiro diário pan-europeu de língua inglesa para um público ‘premium’” e com a cobertura mais equilibrada da imprensa, segundo uma revista inglesa. As Golden Girls desapareceram das ruas de Paris.
Era um jornal bem escrito e editado. À cobertura internacional do “Post”, do “Times” e de seus próprios correspondentes, o “IHT” acrescentava seu plantel de colunistas. Carl Gewirtz, editor de finanças, era leitura obrigatória. Segundo um memorando interno do “Financial Times”, “Karl (sic) Gewirtz é universalmente considerado o comentarista número um do mercado”. Suzy Menkes era a mais famosa jornalista do setor de moda; Alice Rawsthorn, da área de “design”; e Souren Melikian era a principal referência do mercado internacional de arte.
Em 1974, o “IHT”, transmitido por satélite, começou a ser impresso também na Inglaterra, depois na Suíça, em 1980 em Hong Kong e posteriormente em outras localidades. Tornou-se o primeiro jornal realmente global. O presidente francês Giscard d’Estaing lia o “IHT” todas as manhãs, assim como o chanceler alemão Helmut Schmidt.
Em 2003, o “Post” recebeu uma proposta que não poderia recusar: vender ao “Times” suas ações no “IHT”. Caso contrário, lançaria um jornal para competir com ele. Estrilou, mas, ante a ameaça, vendeu. Embaixo do título, o “IHT” passou a ostentar: “Edição internacional do ‘The New York Times’”. Hoje, circula com 222 mil exemplares – 40 mil em companhias aéreas e hotéis – é impresso em 40 localidades diferentes e distribuído em 160 países, em colaboração com jornais locais. Metade dos leitores está na Ásia.
Raízes parisienses
O “International New York Times” que vai às bancas e à internet no dia 15 de outubro, será diferente do “IHT” atual. Aparecerá com nova cara. A equipe de 115 jornalistas será reforçada. Será editado por quatro editores em quatro pontos diferentes, que adaptarão o conteúdo, nas versões impressas e digitais, para os leitores regionais: Paris, Londres, Nova York e Hong Kong.
A ênfase estará na versão digital, adaptada e editada para audiências globais, na qual a empresa acha que está o futuro do jornal e com a qual pretende alavancar a receita aumentando as vendas de assinaturas na internet. Conta com a força da marca do “Times”. Com mais assinaturas, espera atrair mais publicidade. Continuará, porém, sendo um jornal para a elite, papel do qual nunca se envergonhou.
O “Times” tem uma experiência bem-sucedida para convencer os usuários de seu sítio na internet a pagar para ler o conteúdo do jornal. Tem 49 milhões de visitantes únicos na internet, um terço deles fora dos Estados Unidos. Contudo, menos de 10% dos 738 mil assinantes digitais pagos estão no exterior. Ante esses números, acredita que tem um enorme espaço para crescer no mercado internacional, no qual vai enfrentar concorrentes como “The Wall Street Journal”, “Financial Times” e “The Economist”.
A mudança sinaliza a perda das raízes parisienses do jornal. Quando foi lançado, Paris era o centro cultural do mundo; agora, é Nova York. Além disso, como disse seu “publisher”, a França é cara e tem um mercado de trabalho pouco flexível; é mais econômico sair de lá. O tempo do “dear, old Herald” de Paris já passou; agora o “Times” tenta reinventar-se para sobreviver com roupagem e nome diferentes.
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Matías M. Molina é jornalista, autor do livro Os Melhores Jornais do Mundo