Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

A ditadura não bem explicada

A mídia deixou de aproveitar o episódio dos bispos lefrevianos da Fraternidade Sacerdotal Pio X – fundada, em 1969, pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre. O bispo britânico Richard Williamson, de 68 anos, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, comentou sobre o uso de câmaras de gás que se alega que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

‘Após ofender muçulmanos, protestantes, judeus e homossexuais, Bento 16 causa polêmica dentro da própria Igreja com uma decisão de pessoal. Jornais europeus criticam unanimemente o papa e apontam tendência sectarista’, afirma o Deutsche Welle.

O bispo foi perseguido, humilhado e expulso da Argentina, ameaçado de processo civil por crime. O que me chama atenção pelo comportamento da mídia ‘laica’ e ‘democrática’ é o seu silêncio completo sobre estas barbaridades. Já foi na história crime para o estado civil negar a virgindade de Maria, ou que Cristo não tinha a substância de Deus, apenas humana. Cristãos foram perseguidos por não fazerem as devidas homenagens aos deuses do império, colocando todos a perigo por esta falta de cidadania, e judeus, o povo escolhido, foram perseguidos por terem ‘matado’ Deus! Imagine só até onde já estivemos, e retornamos de volta, só que agora com jornalistas.

Existe muito a aprender como o bispo britânico Richard Williamson. Primeiro, que não mudamos de mentalidade até hoje. Nestorianos e Monofisistas já foram expulsos em ‘concílios’ na criação do cristianismo. Como arianismo, donatismo, maniqueísmo e pelagianismo, entre outras. Depois o docetismo, o gnosticismo, o marcionismo, o montanismo e o monarquianismo. Que papas são entes políticos destituídos de qualquer sabedoria fora a humana e de valores particularíssimos terrenos. Que judeus não aprenderam com a história a dialogar com mais tolerância do que antes. Que religiões são fundadas em valores falsos que estão sempre prontos pra saltar e provocar novas ondas irracionais de agressões, mortes, violência sem justificativas. Sem controle e sem limites.

Anti-semitismo e racismo

Vide a série de desconfortos entre muçulmanos, judeus e cristãos, nos anos recentes, para ficarmos apenas na insânia ocidental atual. Já que na oriental se comporta da mesma forma, como entre a Índia e o Paquistão, Darfur, Tameis. O papa deseja canonizar dentro da Igreja Católica o cardeal italiano Eugênio Pacelli, o Papa Pio 12, um papa que governou a Igreja Católica entre 1939 e 1958. Mas, novamente, os judeus se opõem aos atos de outra religião com a desculpa de que aquele papa não teria tomados medidas contra o extermínio dos mesmos.

Seria bom perguntar o que fizeram os judeus americanos e do resto do mundo na mesma época. A verdade é que até a fim da guerra nada se sabia do que hoje se alega ser dogma de fé. Até então a guerra não tinha este objetivo de salvar judeus, ciganos, testemunhas de Jeová etc. Os EUA só entraram na guerra depois do ataque em Pearl Harbor, após 7 de dezembro 1941. O Brasil bem depois, apenas pelos afundamentos na nossa costa. (Ainda assim, os conspiracionistas alegaram até poucos anos que foram os americanos que os afundaram e, portanto, não teríamos nenhum motivo para ir contra a Alemanha.) O holocausto só começa a aparecer ao público depois da guerra. Mas o mesmo silêncio é cobrado pelos negros para os judeus americanos, que nada disseram. O que ocorre até pelo próprio holocausto, eles cobram da Igreja Católica durante a guerra. E esquecem de cobrar do seu Deus não ter tomado atitude de proteção alguma. Não foram os alemães simples instrumentos da justiça divina como foram os judeus contra os cananeus? A ainda mantém a sua crença irracional.

O anti-semitismo era grande nos EUA, assim como o racismo contra os negros. Não foi invenção da Alemanha nazista. Esta apenas exacerbou um sentimento criado através dos milênios. Obras anti-semitas já existiam. Campos de concentração também foram instalados nos EUA, Brasil, Japão durante a guerra.

Crimes contra civis condecorados

Olavo de Carvalho, na opinião no Diário do Comércio (19/2/2009), ‘Por que não sou fã de Charles Darwin’, afirma ‘puramente farsesco, no entanto, é o esforço geral para camuflar a ideologia genocida que está embutida na própria lógica interna da teoria da evolução. Quando os apologistas do cientista britânico admitem a contragosto que a evolução `foi usada´ para legitimar o racismo e os assassinatos em massa, eles o fazem com monstruosa hipocrisia. O darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era.’ E dá exemplo na matéria que pode ser consultada. (http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?canal=39&materia=11209 )

Então, ao contrário da passividade da imprensa, que considera sobre o holocausto estar todo desvendado para ser colocado como um dogma de fé necessário hoje em dia, não é verdadeiro. Muitas dúvidas pairam no ar. Não basta apenas decretar que os judeus mataram Deus (o seu Deus, por sinal). É preciso demonstrar estas alegações absurdas. O bispo britânico Richard Williamson afirma que não existiram as câmaras de gás e que não morreu esta quantidade alegada pelos dogmas modernos. Ou ele está certo, ou os cristãos foram coniventes totalmente. A verdade é que a mortandade de alemães civis e militares na guerra é minimizada. Crimes contra os civis renderam condecorações de heroísmo, como o Wilhelm Gustloff, afundado por um submarino russo, 9.343 passageiros, sobraram apenas 1.239 náufragos. Steuben, outro navio alemão afundado, com cerca de 4,5 mil vítimas – três vezes mais que o Titanic. Malbork era a cidade alemã de Mariemburgo, onde os homens, mulheres e crianças foram enterrados juntas, eram habitantes da cidade, juntamente com refugiados do leste, como de Koenigsberg, atualmente Kaliningrado, que fugiam da devastação do contra-ataque soviético, que posteriormente levaria à captura de Berlim.

Impelidos pela ilusão

O livro A Espada de Constantino: a Igreja Católica e os Judeus, de James Carroll, Editora Manole, mapeia o curso profundamente perturbador de dois milênios da batalha da Igreja Católica contra o judaísmo. Mais do que uma crônica da religião, essa sombria história é a tragédia central da civilização ocidental – escancara suas falhas no subsolo, que provocaram tantos terremotos humanos, indo a fundo na nossa cultura. A Espada de Constantino é um breve e comovente acerto de contas com verdades difíceis, diz a propaganda.

‘Chegou-se à conclusão de que era particularmente indigno que a mais sagrada das festas (a páscoa, que comemorava a fuga do Egito) seguisse o costume (e o cálculo) dos judeus, que haviam manchado suas mãos com o mais terrível dos crimes e cujas mentes estavam cegas. Rejeitando o seu costume, nós poderemos transmitir aos nossos descendentes o modo legítimo de celebrar a Páscoa, que temos desde o tempo da Paixão de nosso Salvador até o presente (de acordo com o dia da semana).

Não podemos, portanto, ter nada em comum com os judeus, porque o Salvador nos mostrou um outro caminho; nosso trabalho segue um curso mais legítimo e mais conveniente (a ordem dos dias da semana): e, conseqüentemente, deste modo, numa adoção unânime, desejamos, caros irmãos, separar-nos da imprópria companhia dos judeus, porque nos é verdadeiramente vergonhoso os ouvirmos se vangloriarem de que, sem sua orientação, não podemos guardar essa Festa. Como podem eles estar corretos, se após a morte do Senhor, não se apóiam mais na razão, senão na violência, já que a ilusão é quem os impele?’

Minorias pagãs, perseguidas

Por Imperador Constantino, tradução: José Fernandes Vidal, fonte: Agnus Dei.

Carta do Imperador Constantino ao clero presente no Concílio de Nicéia I:

(http://www.veritatis.com.br/article/1343 )

A própria Bíblia registra genocídios contra povos impuros. Muito antes de descobrimos as extinções do desenhista incompetente, como a dos dinossauros, a Bíblia contava em prosa e verso a grande eliminação dos ‘pecadores’ e toda a vida na terra no dilúvio. O primeiro genocídio gozoso. Um livro decorado, declamado em voz alta, rezado e referenciado como ordens divinas pelo povo judeu. Junto com o novo testamento, também o é pelos cristãos de todo o mundo. Deus mata todos os primogênitos dos egípcios, ensinam as crianças com orgulho. O cristianismo apenas continuou a tradição de intolerância do livro de Moisés. Lembre-se que a primeira ‘purificação’ evolutiva religiosa foi praticada pelo salvador messiânico contra os adoradores do bezerro de ouro, que seu irmão orientara fazer. Milhares passados pela espada que orgulham judeus e cristãos até hoje, como os cananeus (os heteus, os gergeseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus) filisteus, ordenados (?) destruí-los sem misericórdia e destruir todos os vestígios de sua idolatria. Estes não sobraram para lembrar o genocídio a que foram submetidos. A extinção gozosa de Sodom e Amorah (Sodoma e Gomorra). Então a ideologia genocida se encontra escrita e repetida no livro Sagrado de Judeus e Cristão de todo o mundo, ensinado no catecismo todos os domingos para tenras crianças, repetido a milhares de anos na educação das mesmas como fatos elogiáveis e bem visto por Deus. Um dia você será chamado como Abraão para matar o seu filho e você não poderá vacilar, ensinam a elas até hoje. Morte de Jesus por Deus tratado por ele como um ‘cordeiro’ está neste tipo de interpretação insana de Abraão. E pessoas seguem cegamente uma alegação dantesca desta: o cordeiro de Deus sacrificado por Deus que tira os pecados do mundo! Pecados inventados por Deus. Este, apenas os cristão acreditam.

Nestorianismo e Monofisismo foram eliminados a espada, como disse, assim como os valdenses, cátaros e albigenses, pela pureza do genocídio divino pelas mãos dos seus defensores. As cruzadas treinaram perseguindo judeus e cristãos pobres que eram saqueados para sustentar e enorme tropa de desocupados sanguinários. Uma institucionalização da prática através da inquisição por mais de meio milênio, autos-de-fé, mortos em fogueiras em praça pública. E dentro desta sanha, pesquisadores, cientistas e outras ‘revelações’ foram queimados para manter os mistérios de Deus e os gozosos. É uma enorme desonestidade afirmar que o evolucionismo inventou o anti-semitismo. Até porque não existe nenhuma tese científica que alegue a inferioridade do povo judeu. E semitas islâmicos fizeram parte das forças nazistas na Europa. (Outros que testemunham não ter havido câmaras de gás.) Mas existem muitas alegações contra os judeus dos pecados contra Deus encarnado. Outros invertem os fatos e perguntam maliciosamente porque os judeus sempre provocaram a ira nos locais onde moraram? Ora, pelo crime de desejarem manter o seu credo como fazem todos os outros. Apenas não foram a maioria em nenhum lugar junto a islâmicos e cristãos. Forma junto com as outras minorias pagãs, perseguidos.

Capelães militares tinham informações

Mas se for considerar que o holocausto ocorreu tal como se diz, e que o bispo nega um fato, fica evidente que a Igreja colaborou com ele. Não existia como ela desconhecer o que o resto do mundo desconhecia. O exército alemão tinha capelães militares cristãos em suas organizações. Não foi a primeira vez que os cristãos tentaram varrer os judeus da face da terra. Mas o bispo diz que isto não ocorreu. O papa garante que sim. Que solução final era esta afinal? Quais foram as outras soluções tentadas? Que tinha a ver com a ‘evolução’ um povo que possuía e possui exemplos geniais da espécie humana para considerá-los biologicamente inferiores, que mostraram uma enorme resistência de sobrevivência?

Mark Hayden descreve o livro German military chaplains in World War II (Capelães Militares Alemães na Segunda Guerra Mundial) (Schiffer Military History Book) (Hardcover April 30, 2005). Entre os muitos livros escritos sobre os anos a respeito do Terceiro Reich e o exército alemão, um assunto tem sido largamente negligenciado a respeito dos capelães militares alemães na Segunda Guerra Mundial, diz a resenha do livro. Combinando um grande número de fotografias do período de coleções privadas e fotografias das compilações dos capelães ao redor do mundo, Mark Hayden examina o dilema moral de ser um sacerdote da Alemanha de Hitler, as responsabilidades e as obrigações do capelão do exército Alemão. Ele também se aprofunda no vasto número de uniformes, insígnias e prêmios do capelão da Alemanha e do Eixo da segunda Guerra. (http://www.amazon.com/German-Military-Chaplains-Schiffer-History/dp/0764321560)

No site Nazi Artifacts. Insígnias e militaria sacerdotal dos capelães militares católicos. (Mementoes, Badges, Paintings etc.) (http://www.nobeliefs.com/mementoes.htm) podemos apreciar estas imagens. O que é enfim a ‘solução final’ de que é apenas a ‘definitiva’ das outras tentadas anteriormente?

Até 1925 não se ensinava o evolucionismo nos EUA, mas se ensinava a Bíblia nas escolas. Assim também era na Alemanha. A sua população era majoritariamente cristã antes, durante e depois da guerra. E era impossível se este fato estava ocorrendo, que a Igreja não tomasse conhecimento pelos seus inúmeros meios de informações formais e informais. Não só pelos sacerdotes nas cidades ao lado das instalações, como os próprios capelães militares dentro da tropa tomando confissões e levando o perdão e os sacramentos para os crentes.

A incubação das próximas insanidades

Nunca foi pelo uso da censura que se descobriu verdades, nem pela lei que se estabelecem fatos históricos. O que mostra que existe algo muito suspeito escondido nesta discussão legalmente proibida.

A história da insanidade das religiões deveria ser contada e recontada constantemente pela imprensa, pela mídia, pelas televisões em fim, para que o genocídio não volte a ocorrer por estes valores divinos e falsos. Estamos revivendo um recriar das relações de dois mil anos atrás através de estados dedicados ao Deus do islã, dos judeus, de Cristo para reverenciarmos a mesma insanidade da história destas religiões genocidas. A luta contra a evolução, os partidos democratas adjetivados de cristãos, os estados teocráticos islâmico reproduzem tudo que tinha sido eliminado pela revolução americana e a revolução francesa. Igualdade, liberdade e fraternidade nunca foram e não são atualmente valores religiosos autênticos. São valores humanos desprezados pelas religiões me geral. Apenas aguardam o seu fortalecimento para planejarem a sua imposição as minorias no futuro. Estão à espera da Besta, do Anticristo, do Armagedom, do apocalipse para lutarem. Insanidade. Este é o diagnóstico a respeito da fala do bispo e da pretensão de canonização de Pio 12. Um ódio silencioso escondido em público. A tolerância instável, adjetivada, medida.

O silêncio jornalístico, ou o costume de atirar a primeira pedra, a conivência com a censura por esta classe, que diz que jurou defender este valor, apenas incuba as próximas insanidades.

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Médico, Porto Alegre, RS