Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

A influência política na crise da mídia europeia

Bastante antes da crise financeira que abalou os Estados Unidos, em setembro de 2008, uma crise sem precedentes abalava os meios de comunicação europeus. Para o professor de História da Mídia na Europa José-Manuel Nobre Correia, os primeiros sinais dessa crise começaram a se revelar, paradoxalmente, como consequência de uma proliferação dos meios de comunicação que tivera origem na década de 1960. E essa crise se tornaria mais evidente nas décadas de 1970-80, com a desmonopolização do rádio, e nas décadas de 1980-90 com a privatização das emissoras estatais de televisão.


Se, por um lado, a proliferação dos meios reforçou o pluralismo, por outro estimulou uma segmentação significativa das audiências e, consequentemente, um enfraquecimento do potencial de difusão e uma queda na receita de publicidade.


Essa nova realidade, por paradoxal que fosse, provocou uma desestabilização no setor de revistas, do rádio e da televisão, com mudanças de propriedade, falências e fechamentos mais ou menos estrepitosos. Essa instabilidade incentivou, ou acelerou, sem dúvida, o fenômeno da concentração dos meios de comunicação em toda a Europa.


** A crise da mídia na Europa [em espanhol]


** União européia e a influência da mídia [em francês]

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Professor de História da Mídia na Europa e de Socioeconomia
da Mídia na Europa na Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica